Influência da idade avançada sobre a evolução pós-operatória e a perda total da reconstrução mamária: análise crítica de 560 reconstruções
AUTOR(ES)
MATSUMOTO, WALTER KOITI, MUNHOZ, ALEXANDRE MENDONÇA, OKADA, ALBERTO, MONTAG, EDUARDO, ARRUDA, EDUARDO GUSTAVO, FONSECA, ALEXANDRE, FERRARI, ORLANDO, BRASIL, JOSÉ AUGUSTO, PRETTI, LIA, FILASSI, JOSÉ ROBERTO, GEMPERLI, ROLF
FONTE
Rev. Col. Bras. Cir.
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/03/2018
RESUMO
RESUMO Objetivo: avaliar o papel da idade no risco de complicações pós-operatórias de pacientes submetidas à reconstrução mamária unilateral pós-mastectomia, com ênfase na perda total da reconstrução. Métodos: estudo retrospectivo de pacientes submetidas à reconstrução mamária, cujas variáveis incluídas foram: dados oncológicos e da técnica de reconstrução, complicações pós-operatórias, incluindo perda da reconstrução e complicações da ferida operatória. As pacientes foram divididas de acordo com a classificação da Política Nacional do Idoso e Estatuto do Idoso em dois grupos: jovens (idade <60 anos) e idosas (60 anos ou mais). Também foram agrupadas de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde: jovens (idade <44 anos); meia-idade (idade 45-59 anos); idosas (idade 60-89 anos) e velhice extrema (90 anos ou mais). A classificação do risco cirúrgico da Sociedade Americana de Anestesiologistas foi aplicada para investigar o papel do estado físico pré-operatório como possível preditor de complicações. Resultados: das 560 pacientes operadas, 94 (16,8%) apresentavam 60 anos ou mais. Observou-se taxa de complicações locais de 49,8%, a maioria, limitadas. As incidências de necrose, infecção e deiscência foram de 15,5%, 10,9% e 9,3%, respectivamente. Pacientes com 60 anos ou mais apresentaram chance de complicação 1,606 vezes maior do que as jovens. Quarenta e cinco (8%) pacientes apresentaram perda da reconstrução e não houve diferença estatisticamente significante na média de idade das pacientes que apresentaram ou não esse desfecho (p=0,321). Conclusão: em pacientes selecionadas, a reconstrução mamária pode ser considerada segura; a maioria das complicações documentadas foi limitada e pode ser tratada conservadoramente.
ASSUNTO(S)
procedimentos cirúrgicos reconstrutivos mastectomia grupos etários complicações pós-operatórias neoplasias da mama
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