Influencia da fonte de celula progenitora (periferica ou medula ossea) na QV de pacientes onco-hematologicos submetidos ao transplante alogenico de medula ossea
AUTOR(ES)
Margareth Ines Cardamoni Durães
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
A QV (QV) é um importante instrumento a ser considerado no seguimento tardio nos pacientes tratados com transplante independentemente do enxerto ser medula óssea (MO) ou células progenitoras periféricas (CPP). De 1995 a 1999, 60 pacientes randomizados foram envolvidos em um estudo comparando o tipo de enxerto MO contra CPP. Vinte e nove (48%) dos pacientes estavam vivos. Destes, 26/29 (89,6%) concordaram em participar da análise de QV, 13 pacientes em cada grupo. Foram aplicados quatro questionários a fim de averiguar a QV dos sobreviventes a este procedimento. Considerando os dados socioc1ínicos e demográficos, as principais diferenças estatísticas observadas foram: a gravidade da DECH crônico extensa no grupo CPP (P=0.03) e o tempo maior do tratamento imunossupressivo da DECHc também no grupo CPP (P=0.02). A análise do WHOQOL-IOO demonstrou resultados estatisticamente significativos na faceta dor e desconforto (P=0.03); no nível de independência (P=0.04); e nas facetas mobilidade (P=0.02) e atividades diárias (P=0.03). Não foi encontrada nenhuma diferença na escala de ansiedade e depressão (HAD scale). Baseado no questionário de recuperação a longo prazo, a alteração da rotina diária foi maior em pacientes ainda em tratamento de imunossupressão (P=0.04) quanto àqueles com menor tempo após o transplante (P=0.0005); alterações no humor relacionado ao tempo mais próximo do transplante (P=0.02), e piora da QV em pacientes que apresentavam DECHc extenso (P=0.02). Embora a amostra tenha sido pequena, os achados obtidos do estudo randomizado demostraram que a QV parece ser afetada negativamente pelo uso do enxerto CPP e esta modalidade de enxerto pode conduzir a comprometimentos em áreas importantes da vida do paciente. Estas observações são provavelmente devido à freqüência e à gravidade da DECHc e conseqüentemente, devido à duração mais longa do tratamento imunossupressivo nos pacientes que receberam o enxerto CPP
ASSUNTO(S)
medula ossea - transplante medula ossea - transplante - aspectos sociais qualidade de vida
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000284950Documentos Relacionados
- Influência da fonte de célula (progenitora periférica ou medula óssea) na qualidade de vida de pacientes onco-hematológicos submetidos ao transplante alogênico de medula óssea
- A importância do acompanhamento farmacoterapêutico em pacientes onco-hematológicos
- Mobilização e coleta das celulas progenitoras hemopoieticas perifericas para transplante autologo em pacientes onco-hematologicos
- Mobilização e coleta das células progenitoras hemopoiéticas periféricas para transplante autólogo em pacientes onco-hematológicos
- Estudo randomizado comparativo do transplante alogenico de medula ossea e celula progenitora periferica, mobilizada por G-CSF, não-manipulada, em neoplasias hematologicas