Influência da Espironolactona na Metaloproteinase de Matriz 2 na Insuficiência Cadíaca Aguda Descompensada

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/01/2015

RESUMO

Fundamento: As metaloproteinases de matriz (MMPs) constituem uma família de enzimas importantes para a reabsorção da matriz extracelular e controle do remodelamento e da reparação vasculares. Demonstrou-se aumento da atividade de MMP2 na insuficiência cardíaca, e, na insuficiência cardíaca agudamente descompensada (ICAD), demonstrou-se uma diminuição nas MMPs circulantes juntamente com o tratamento bem-sucedido. Objetivos: Testar a influência da espironolactona nos níveis de MMP2. Métodos: Análise secundária de estudo prospectivo, intervencionista, incluindo 100 pacientes com ICAD, 50 designados não aleatoriamente para o uso de espironolactona (100 mg/dia) mais terapia padrão para ICAD (grupo espironolactona) e 50 para terapia padrão para ICAD apenas (grupo controle). Resultados: Os pacientes do grupo espironolactona eram mais jovens e tinham níveis mais baixos de creatinina e ureia (todos p < 0,05). Os valores basais de MMP2, NT-pro BNP e peso não diferiram entre os grupos espironolactona e controle. Observou-se tendência para uma redução mais pronunciada na MMP2 do basal para o dia 3 no grupo espironolactona (-21 [-50 a 19] vs 1,5 [-26 a 38] ng/ml, p = 0,06). Os valores de NT-pro BNP e peso também apresentaram maior diminuição no grupo espironolactona. A proporção de pacientes com redução nos níveis de MMP2 do basal para o dia 3 também foi maior no grupo espironolactona (50% vs 66,7%), embora sem significado estatístico. As correlações entre as variações de MMP2, NT-pro BNP e peso não apresentaram significado estatístico. Conclusões: Os níveis de MMP2 acham-se aumentados na ICAD. Pacientes tratados com espironolactona podem apresentar maior redução nos níveis de MMP2.

ASSUNTO(S)

insuficiência cardíaca espironolactona/uso terapêutico metaloproteinase 2 da matriz/uso terapêutico

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