Influência da escolaridade e do trabalho maternos no aleitamento materno exclusivo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo analisar a associação entre a prática do aleitamento materno exclusivo (AME) e características maternas (idade, escolaridade, paridade e trabalho), peso ao nascer e alimentação no primeiro dia após alta da maternidade, em crianças menores de quatro meses de idade. Para tal, foram utilizados dados de dois inquéritos realizados no município do Rio de Janeiro, em 1998 e 2000. Nesses inquéritos foram realizadas entrevistas com acompanhantes de menores de um ano de idade, selecionados por meio de amostragem probabilística da população de menores de um ano vacinada nos Dias Nacionais de Vacinação (que possuem cobertura universal para esta faixa etária neste município) (n=2.459). A prática do AME foi descrita segundo cada uma das variáveis de exposição e, em seguida, procedeu-se a análise multivariada por regressão logística. A prevalência de AME foi de 22,7% entre os menores de quatro meses, variando de 39,6% no primeiro dia a 12,4% aos 120 dias de vida. Apresentaram maiores prevalências de AME os filhos de mulheres de maior escolaridade, filhos de mulheres que não trabalhavam fora e crianças que estavam em AME no primeiro dia em casa depois da alta da maternidade. Os resultados da análise multivariada indicam associação positiva de AME com escolaridade materna (OR: 1,93 para 3º grau completo) e negativa com trabalho materno (OR: 0,59). A escolaridade e trabalho maternos e alimentação da criança no primeiro dia em casa após alta da maternidade tiveram associação com o AME entre menores de quatro meses de idade.

ASSUNTO(S)

aleitamento materno estudos transversais saúde da criança

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