Influência da anestesia venosa total, entropia e laparoscopia sobre o estresse oxidativo
AUTOR(ES)
Nunes, Rogean Rodrigues, Nora, Fernando Squeff, Dumaresq, Danielle Maia Holanda, Cavalcante, Rute Maria Araújo, Costa, Amanda Antunes, Carneiro, Lara Moreira Mendes, Alencar, Julio Cesar Garcia de, Cardoso, Flávia Pereira Fernandes
FONTE
Revista Brasileira de Anestesiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-08
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Estudos recentes correlacionam mortalidade pós-operatória e anestésica, especialmente a profundidade anestésica e pressão arterial sistólica (PAS). O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da profundidade da anestesia venosa total (AVT) realizada com remifentanil e propofol com monitoração da entropia de resposta (RE) sobre as concentrações sanguíneas dos marcadores do estresse oxidativo: TBARS e glutationa, durante operações pelo acesso vídeolaparoscópico. MÉTODO: Vinte pacientes adultas, ASA I, IMC 20-26 kg.m-2, idades entre 20 e 40 anos, foram aleatoriamente distribuidas em dois grupos iguais: Grupo I - submetidas a procedimento anestésico-cirúrgico com RE mantida entre 45 e 59 e Grupo II - submetidas a procedimento anestésico-cirúrgico com RE entre 30 e 44. Em ambos os grupos, a infusão de remifentanil e propofol foi controlada pelo sitio efetor (Se), ajustados para manter RE nos valores desejados (Grupos I e II) e avaliando-se sempre a taxa de supressão (TS). As pacientes foram avaliadas em seis momentos: M1(imediatamente antes da indução anestésica), M2 (antes da intubação traqueal [IT]), M3 (5 minutos após IT), M4 (imediatamente antes do pneumoperitônio-PPT), M5 (1 minuto após o PPT) e M6 (uma hora após a operação). Em todos os momentos foram avaliados os seguintes parâmetros: PAS, PAD, FC, RE, TS, TBARS e glutationa. RESULTADOS: Observaram-se aumentos no TBARS e glutationa em M5, tanto no Grupo I como no Grupo II (p < 0,05), com maiores valores no Grupo II. TS em três pacientes no Grupo II, imediatamente após PPT. CONCLUSÕES: A elevação dos marcadores no Grupo I (em M5) sugere aumento do metabolismo anaeróbico (MA) na circulação esplâncnica enquanto os valores mais elevados observados no Grupo II (GII > GI em M5 - p < 0,05%) sugerem interferência de mais um fator (anestesia profunda), como responsável pelo aumento no MA, provavelmente como resultados de maior depressão do sistema nervoso autônomo e menor autorregulação esplâncnica.
ASSUNTO(S)
anestesia venosa cirurgia, entropia estresse oxidativo videolaparoscópica
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