Influence of dentin surface inclination on bond strength and adhesive layer thickness / Influência do posicionamento do espécime na resistência adesiva à dentina e na espessura da camada de sistemas adesivos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Investigou-se a influência da inclinação das paredes de dentina (paralela ou perpendicular à ação da gravidade) e da variação regional dos espécimes (terços cervical ou oclusal) na resistência adesiva e na espessura da camada de adesivo. Vinte e cinco molares humanos foram seccionados no sentido mésio-distal e paralelamente ao seu longo eixo, obtendo-se secções vestibulares e linguais, as quais foram lixadas produzindo-se superfícies planas de dentina. Sistemas adesivos (Adper Single Bond-SB e Prime &Bond 2.1- PB2.1) foram aplicados na dentina, ora paralelamente ora perpendicularmente à ação da gravidade, padronizando-se o volume de adesivo (3,5 µl por gota) através do uso de uma micropipeta e seguindo-se as instruções dos fabricantes. Os grupos de estudo foram: 1A (SB, paralelo), 1B (SB, perpendicular), 2A (PB2.1, paralelo) e 2B (PB2.1, perpendicular). Após 24h de armazenamento em água deionizada a 37°C, espécimes foram preparados na forma de palitos de dentina com área adesiva de 0,8 mm2, aproximadamente. Na seqüência, foi determinada a espessura do adesivo de cada espécime, em micrômetros (µm), sob microscopia óptica (200X de aumento) e auxílio do programa Image Pro-Plus 4.5. Posteriormente, os espécimes foram submetidos à microtração sob velocidade de 0,5 mm/min. Todos os espécimes fraturados foram examinados sob microscopia óptica (40X de aumento) para a determinação dos planos de fratura. Os dados coletados foram submetidos aos testes ANOVA a 1 e 2 critérios e SNK (? = 0,05). Para determinação da correlação entre resistência adesiva e espessura do adesivo foi utilizado o teste de Correlação de Pearson. Os valores médios (MPa±d.p.) de resistência adesiva dos grupos 2A (52,93±15,19) e 2B (52,27±16,54) foram superiores àqueles dos grupos 1A (39,09±12,90) e 1B (32,94±12,42), independente da inclinação das paredes de dentina dos mesmos. Não houve diferença nos valores de resistência adesiva à dentina, independente da variação regional do espécime. Os valores médios (µm±d.p.) de espessura da camada de adesivo dos grupos 1A (11,24±2,92) e 1B (18,11±7,31) foram superiores àqueles dos grupos 2A (4,20±1,81) e 2B (3,87±1,29) (p >0,05). O grupo 1B promoveu os maiores valores de espessura de adesivo, seguido do grupo 1A. As espessuras do adesivo nos grupos 2A e 2B apresentaram-se similares entre si. Houve influência da variação regional do espécime na espessura de adesivo somente para o grupo 1B. Não houve correlação entre resistência adesiva e espessura de adesivos para ambos SB e PB2.1 (r = -0,224, p = 0,112 e r = 0,099, p = 0,491, respectivamente). Conclui-se que a influência da inclinação das paredes de dentina e da variação regional dos espécimes na espessura da camada de adesivo é material-dependente, porém não influem na resistência adesiva dos sistemas adesivos à dentina.

ASSUNTO(S)

adesivos dentinários gravity adhesive system dentin bond strength adhesive layer thickness viscosity dentina dentística

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