Inflamação pós-prandial: efeito de diferentes carboidratos dietéticos
AUTOR(ES)
Milene Cristina do Carmo Santos
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/08/2011
RESUMO
Estudos recentes sugerem a ocorrência de uma resposta inflamatória sistêmica pulsátil durante o ciclo jejum/alimentado que pode ser responsiva a diferentes composições dietéticas. O presente estudo teve como objetivo avaliar se animais alimentados apresentam inflamação pós-prandial sistêmica e determinar se tecido adiposo epididimal, fígado e intestino seriam possíveis sítios de localização de tal inflamação. Além disso, avaliar diferentes carboidratos dietéticos na resposta pós-prandial. Para tal, camundongos BALB/c foram mantidos em jejum ou alimentados com dieta AIN93 controle, contendo sacarose (C), ou modificada contendo glicose (G) ou frutose (F). Os animais foram submetidos à eutanásia em jejum ou uma, duas ou quatro horas pós-prandial. As concentrações séricas de PTX3, adiponectina e resistina, bem como de citocinas e quimiocina no intestino, fígado e tecido adiposo foram determinadas por ELISA. Foi realizada, também, contagem total e diferencial de células sanguíneas. Aumento da concentração de PTX3 foi observado no período de quatro horas pós-prandial nos animais que consumiram C, entretanto, animais que consumiram G ou F tiveram essa resposta antecipada. Animais alimentados com dieta C apresentaram aumento do número de leucócitos quatro horas pós-prandial, enquanto o consumo de G ou F antecipou este efeito. Independente da dieta consumida houve aumento da concentração de resistina e, animais alimentados com G ou F, apresentaram menor concentração de adiponectina. No período pós-prandial, independente da composição da dieta, a concentração de IL-6 no tecido adiposo e de TNF- no fígado mostrou-se aumentada. Animais alimentados com C ou G apresentaram número similar de neutrófilos no fígado quando comparado a animais no jejum, enquanto animais alimentados com F apresentaram aumento destas células em todos os períodos pós-prandiais. No intestino, embora o número de neutrófilos estivesse aumentado após o consumo de todas as dietas, as concentrações de TNF-, IL-6 e KC não foram detectadas. Assim, animais no estado alimentado apresentam inflamação sistêmica de baixa intensidade que pode estar associada à inflamação de sítios metabólicos específicos como tecido adiposo e fígado. Diferentes composições de dieta podem influenciar essa resposta uma vez que animais alimentados com frutose apresentaram exacerbação da resposta pós-prandial.
ASSUNTO(S)
carboidratos teses. inflamação pós-prandial - teses. frutose - teses. consumo de carboidratos - teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PPNQ2Documentos Relacionados
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