Infiltrações linfocitarias da pele : correlação clinico-patologica com subtipagem imuno-histoquimica de linfocitos T

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

As infiltrações linfocitárias inespecíficas constituem grande desafio na prática diagnóstica diária de patologistas, pois não existem sinais morfológicos patognomônicos para o diagnóstico diferencial entre infiltrações benignas e malignas. Foi realizado estudo retrospectivo em material de arquivo com seleção de 28 casos que se apresentaram como infiltrações linfocitárias. Dezoito variáveis histológicas e o perfil imuno-fenotípico para os marcadores linfóides CD4, CD8, CD3, CD30 e CD20 foram analisados e comparados à evolução clínica observada no seguimento. Os diagnósticos mais comuns entre os casos selecionados foram: micose fungóide (8 casos) e farmacodermia (5 casos). Nenhuma variável morfológica isolada foi capaz de discriminar os grupos benigno e linfoma, exceto pela presença dos microabscessos de Pautrier-Darier, presentes, apenas, em 37,5% dos pacientes portadores de micose fungóide (p=O,O15).O padrão de infiltração superficial e profunda (p=O,O37)bem como a presença de eosinófilos proeminentes no infiltrado (p=O,O21)foram menos freqüentes em pacientes portadores de micose fungóide. A subtipagem imuno-histoquímica de linfócitos T aplicada a material emblocado em parafina também não foi capaz de discriminar os grupos. Informação clínica e seguimento permanecem os parâmetros mais fidedignos para predição do comportamento clínico das infiltrações linfocitárias cutâneas iniciais

ASSUNTO(S)

linfoma patologia histopatologia pele

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