InferÃncia do Estado Geral da Umidade Superficial do Solo Pelo Ãndice de Seca Temperatura-VegetaÃÃo e por Imagens do SatÃlite NOAA-17: AplicaÃÃes no SemiÃrido do Cearà / Inference of the General State of the Surface Soil Moisture by the Temperature-Vegetation Dryness Index and NOAA-17 Satellite Images: Applications in Semiarid CearÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/12/2010

RESUMO

A observaÃÃo da superfÃcie terrestre por meio de satÃlites em Ãrbita de nosso planeta tornou-se corriqueira no mundo contemporÃneo. As inferÃncias de variÃveis ambientais diversas feitas a partir de imagens e dados fornecidos por satÃlites cada vez mais aumentam em qualidade e aplicabilidade de maneira que um nÃmero crescente de hidrologistas, meteorologistas, climatologistas e outros profissionais e leigos em geral fazem uso intensivo delas em estudos e pesquisas, em polÃticas governamentais ou na tomada de decisÃo. Uma dessas variÃveis à a umidade superficial do solo, que representa uma importante componente do ciclo hidrolÃgico terrestre, essencial em vÃrios processos naturais ambientais e cujo conhecimento à importante no gerenciamento dos recursos hÃdricos e terrestres, gerenciamento agrÃcola e na modelagem do meio ambiente e agrÃcola. As informaÃÃes derivadas de satÃlites, apesar de ainda apresentarem algumas limitaÃÃes tÃcnicas, podem facilitar bastante o monitoramento ambiental ao se tornarem, muitas vezes, mais Ãgeis e mais econÃmicas do que mediÃÃes locais in situ. Em paÃses em desenvolvimento e de limitados recursos financeiros, tais como o nosso, a informaÃÃo por satÃlites cresce em valor. No Estado do CearÃ, isso desponta ainda mais em virtude das suas dificuldades econÃmicas e sociais. Em vista disso, à proposta, neste trabalho, a aplicaÃÃo nesse estado do Nordeste de um mÃtodo de inferÃncia, por satÃlite, do estado geral da umidade superficial do solo expresso pelo Ãndice de Seca Temperatura-VegetaÃÃo (ISTV), que à indicativo do grau da umidade, estando a ela relacionado. Esse Ãndice à obtido a partir da combinaÃÃo de informaÃÃes da Temperatura da SuperfÃcie Continental (TSC) e do Ãndice de VegetaÃÃo por DiferenÃa Normalizada (IVDN), inferidos por meio de imagens no visÃvel e no infravermelho que podem ser fornecidas por satÃlites meteorolÃgicos operacionais, de Ãrbita polar, tais como os da sÃrie NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration, EUA). No mÃtodo, foi escolhido, da literatura cientÃfica, um algoritmo de cÃlculo da TSC que apresenta certa facilidade de uso, sendo diretamente dependente da FraÃÃo de Cobertura de VegetaÃÃo (FCV) e que pode fornecer boas inferÃncias dessa temperatura. Nesse algoritmo, foram testadas, de forma inÃdita, algumas diferentes formulaÃÃes da FCV encontradas na literatura especializada, representando uma delas o estado da arte no assunto. Foram usadas imagens provenientes do satÃlite NOAA-17, recepcionadas na FUNCEME, e um software especÃfico, dessa FundaÃÃo, para se processar as imagens e implementar a metodologia abordada. Alguns testes foram feitos para duas regiÃes relativamente pequenas do semiÃrido cearense, com destaque para uma delas englobando a Bacia Experimental de Aiuaba (BEA), comparando-se as informaÃÃes do satÃlite NOAA-17 com dados in situ (provenientes de sondas no solo) e com dados advindos dos satÃlites ambientais Terra (dados de TSC, disponÃveis na Internet) e Aqua (dados de umidade superficial do solo). Procurou-se mostrar as diferenÃas qualitativas entre os mapeamentos obtidos, de umidade superficial do solo, e entre estes e os oferecidos pela modelagem em geral. Os resultados encontrados mostraram-se promissores para a utilizaÃÃo no territÃrio cearense do ISTV (no modelo trapezoidal) por meio de satÃlites NOAA, com o algoritmo de Kerr para o cÃlculo da TSC e com a FCV dada pelo Scaled Difference Vegetation Index (SDVI), com o fim de se estimar o estado geral da umidade superficial do solo sobre grandes Ãreas. Entretanto, recomenda-se mais validaÃÃo local posterior do mÃtodo usado, para detecÃÃo de possÃveis erros ou limitaÃÃes nÃo vislumbradas nestes primeiros testes, visando sua definitiva aplicaÃÃo operacional no Cearà e mesmo no semiÃrido do Nordeste.

ASSUNTO(S)

engenharia hidraulica recursos hÃdricos; hidrologia; satÃlites artificiais em sensoriamento remoto; solos - umidade. regiÃes Ãridas hydrology. satellite remote sensing. surface soil moisture. temperature-vegetation dryness index. semiarid. ceara.

Documentos Relacionados