Infecções peritonsilares e cervicais profundas: revisão de 330 casos
AUTOR(ES)
Pascual, Paula Martínez, Martinez, Paloma Pinacho, Friedlander, Eviatar, Oviedo, Carlos Martin, Yurrita, Bartolome Scola
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-06
RESUMO
Resumo Introdução: Infecções cervicais profundas são definidas como processos infecciosos supurativos dos espaços viscerais profundos do pescoço. Objetivo: Analisar diferentes fatores que podem influenciar as infecções peritonsilares e cervicais profundas que podem desempenhar um papel como preditores de mau prognóstico. Método: Apresentamos um estudo retrospectivo de 330 pacientes portadores de infecções cervicais profundas e de infecções peritonsilares admitidos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2015 em um hospital terciário de referência. A análise estatística de comorbidades, aspectos diagnósticos e terapêuticos foi realizada utilizando-se os programas Excel e o SPSS. Resultados: Houve um aumento na incidência de infecções peritonsilares e infecções cervicais profundas. Comorbidades sistêmicas como diabetes ou doença hepática são fatores de mau prognóstico. O patógeno mais comum foi S. viridans (32,1% das culturas positivas). 100% dos pacientes receberam antibióticos e corticosteroides, e 74,24% necessitaram de tratamento cirúrgico. As complicações mais comuns foram mediastinite (1,2%) e obstrução das vias aéreas (0,9%). Conclusão: Comorbidades sistêmicas são preditores de mau prognóstico. Atualmente, a mortalidade diminuiu graças ao cuidado multidisciplinar e melhorias no diagnóstico e tratamento.
ASSUNTO(S)
infecções cervicais profundas mediastinite infecções peritonsilares complicações antibióticos
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