Infecções na criança com diabetes

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Objetivo A associação entre diabetes mellitus e infecções é muito frequente. Essas infecções, mesmo quando leves, interferem no controle da glicemia. O objetivo desta revisão é descrever as infecções que ocorrem em crianças e adolescentes com DM, bem como orientar o manejo glicêmico nestes episódios. Fonte dos dados Foi feita uma revisão não sistemática na base de dados PubMed, com os termos “diabetes mellitus”, “infecção”, “crianças” e “adolescentes”. Foram selecionadas as publicações mais relevantes. Síntese dos dados Além de infecções comunitárias habituais, algumas infecções ocorrem predominantemente no paciente com diabetes, principalmente quando não há um controle glicêmico adequado, e infecções comuns podem ser mais graves nesse paciente. Alterações da própria doença e da resposta imune, em conjunto com alterações do microbioma, são responsáveis pela maior frequência e gravidade das infecções. Durante as infecções, ocorre um aumento da glicemia e habitualmente é necessário o aumento da dose de insulina. Conclusões O paciente pediátrico com diabetes apresenta algumas desordens imunes que, quando associadas a elevaçao da glicemia, aumentam o risco de infecção e sua gravidade. A presença da infecção, por sua vez, eleva a glicemia e aumenta o risco de descompensação. Desta forma, a monitorização da glicemia, bem como o aumento da dose de insulina, são fundamentais para evitar o risco de cetoacidose diabética. Destaca-se ainda que muitas infecções são imunopreveníveis e podem ser evitadas com uma cobertura vacinal adequada.

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