Infecção urinária em pacientes da saúde pública de Campo Mourão-PR, Brasil: prevalência bacteriana e perfil de sensibilidade

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

Introdução: Os casos de resistência bacteriana nas infecções do trato urinário (ITUs) vêm aumentando significativamente, principalmente devido ao uso indiscriminado de antimicrobianos. Objetivo: Avaliar a prevalência e o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos dos microrganismos isolados nas uroculturas de pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas Consórcio Intermunicipal de Saúde da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (CIS-COMCAM). Método: Fez-se uma pesquisa retrospectiva de dados de urocultura e antibiograma realizados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2013. Resultados: A bactéria mais prevalente foi Escherichia coli; o gênero mais acometido foi o feminino; e a faixa etária, de 16 a 45 anos. O perfil de sensibilidade mostrou que o sulfazotrim é o antimicrobiano com a maior taxa de resistência bacteriana (59,7%), e a associação amoxicilina/ácido clavulânico obteve a menor taxa de resistência (15,3%). Para a maioria dos antimicrobianos testados, inclusive norfloxacino e ciprofloxacino, a taxa de resistência bacteriana elevou-se de 2012 para 2013, com significância estatística (p < 0,05) em alguns casos. Discussão: O predomínio de bacilos Gram-negativos nas infecções urinárias deve-se à flora intestinal, por ela ser rica em enterobactérias. As mulheres são mais acometidas devido aos fatores anatômicos. O desenvolvimento de resistência bacteriana a antimicrobianos provavelmente surge do uso indiscriminado deles. Conclusão: A taxa de resistência microbiana tem-se elevado, mostrando que há necessidade de um controle mais efetivo do uso de antimicrobianos.

ASSUNTO(S)

antibiograma resistência bacteriana urocultura

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