Infecção por hemoplasmas em carnívoros selvagens cativos
AUTOR(ES)
Carneiro, Filipe T.; Scalon, Marcela C.; Amorim, Gabrielle; Silva, Wanessa A.C.; Honorato, Sandy M.; Pereira, Fernanda M.A.M.; Silva, Luisa H.R.; Aquino, Larissa C.; Paludo, Giane R.
FONTE
Pesq. Vet. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-04
RESUMO
RESUMO: Hemoplasmas são bactérias capazes de aderir frouxamente à membrana plasmática de eritrócitos e que podem parasitar diversas espécies de mamíferos. São conhecidas três espécies de hemoplasmas que parasitam felídeos domésticos e selvagens: Mycoplasma haemofelis, ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’ and ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’. Cães são infectados por ao menos duas espécies de hemoplasmas: Candidatus Mycoplasma haematoparvum’ and Mycoplasma haemocanis. As hemoplasmoses são de grande importância na clínica veterinária, tanto pela sua distribuição ubíqua e severidade dos sinais clínicos, a depender da espécie do parasita e imunocompetência do hospedeiro, quanto pelo seu potencial zoonótico e capacidade de infectar espécies ameaçadas. Este estudo visa investigar quais espécies de hemoplasmas parasitam diferentes carnívoros selvagens de cativeiro, a fim de esclarecer a epidemiologia das hemoplasmoses em animais selvagens. Além disso, o trabalho objetivou caracterizar as alterações hematológicas causadas pela infecção por diferentes espécies de micoplasmas hemotrópicos visando estabelecer sua importância clínica para espécies selvagens e a capacidade destas espécies de se tornar reservatórios dos agentes estudados. Amostras de 33 felídeos selvagens e de 18 canídeos selvagens foram investigadas por meio da reação em cadeia da polimerase (RCP) para detectar o DNA dos agentes e foi observado que a ocorrência da infecção por hemoplasmas nestas espécies é de 45,5% e 83,3%, respectivamente. Fatores como idade, sexo ou anemia não são mais frequentes em animais positivos para a infecção. Dessa forma, conclui-se que a infecção causada por hemoplasmas em carnívoros selvagens possui alta prevalência, no entanto ou a patogenicidade dos agentes é baixa ou o estágio crônico da infecção é mais frequente, resultando em uma baixa frequência diagnóstica.
Documentos Relacionados
- Estudo da infecção por hemoplasmas em felinos domésticos do Distrito Federal
- Alterações hematológicas associadas à infecção por hemoplasmas em gatos do Rio de Janeiro, Brasil
- Diagnóstico molecular da infecção por hemoplasmas em gatos domésticos naturalmente infectados da cidade de Belém, Pará
- Prevalência da infecção por hemoplasmas e alterações hematológicas associadas à infecção em três diferentes populações de gatos do sul do Brasil
- Investigação molecular de Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos