Infecção pelo citomegalovírus no transplante de rim: aspectos clínicos, manejo e perspectivas
AUTOR(ES)
Requião-Moura, Lúcio Roberto, Matos, Ana Cristina Carvalho de, Pacheco-Silva, Alvaro
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
A infecção pelo citomegalovírus é uma das principais complicações após o transplante de rim, podendo ser classificada em primoinfecção, quando a transmissão ocorre por meio do enxerto, ou em reativação, quando o receptor é soropositivo. Do ponto de vista clínico, pode se apresentar como infecção, na ausência de sintomas, ou como doença, com dois diferentes espectros: a síndrome viral típica ou, menos comumente, a doença invasiva. Os efeitos podem ser diretos, que é o desenvolvimento da doença, ou indiretos, como aumento no risco de rejeição aguda e de disfunção crônica do enxerto. O diagnóstico deve ser feito por pesquisa de viremia por meio de um dos dois métodos padronizados: antigenemia ou PCR − sendo essa última a mais sensível. Os fatores de risco relacionados com a infecção após o transplante são o match sorológico (doador positivo e receptor negativo) e o uso de anticorpos antilinfócitos. Uma das estratégias de redução de risco de doença deve ser escolhida após o transplante nos pacientes de alto risco: tratamento preemptivo ou profilaxia. Recentemente, linhas de pesquisa clínica têm apontado a resistência ao ganciclovir como um problema emergente no manejo da infecção pelo citomegalovírus. Duas formas de mutação que causam resistência são descritas: UL97, que é a mais frequente, e a UL54. Atualmente, sofisticados métodos de monitorização imunológica, como a detecção de clones específicos de células T contra o citomegalovírus podem ser utilizados na prática clínica para o melhor manejo após o transplante renal dos pacientes de alto risco.
ASSUNTO(S)
citomegalovírus transplante de rim/complicações transplante de rim/fisiopatologia transplante de rim/tendências
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