Infecção oculta para o vírus da hepatite B em pacientes hemodialisados de Recife, Estado de Pernambuco, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: A persistência do genoma do vírus da hepatite B (HBV) em indivíduos com o antígeno de superfície para o HBV (HBsAg) negativo, caracteriza-se como infecção oculta. O objetivo desse trabalho foi identificar infecção oculta pelo HBV em hemodialisados provenientes de cinco clínicas de Recife, Estado de Pernambuco, Brasil, de agosto de 2006 a agosto de 2007. MÉTODOS: Os soros foram submetidos à pesquisa do HBsAg, anticorpos totais para o AgHBc (anti-HBc total) e para os anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV (anti-HBs) pelo ensaio imunoenzimático (ELISA). As amostras negativas para o HBsAg foram testadas para o anti-HBc total e os soros reativos, foram testados para o anti-HBs. O DNA-HBV foi analisado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) in house nas amostras anti-HBc total reagentes. As amostras DNA-HBV positivas foram sequenciadas para a identificação do genótipo e pesquisa de mutação. RESULTADOS: A população estudada foi de 752 hemodialisados, com média de idade de 50±15,1 e ambos os sexos. Todos os soros analisados foram HBsAg negativos. A soroprevalência para o anti-HBc total e anti-HBs foi de 26,7% (201/752) e 67,2% (135/201), respectivamente. O anti-HBc total foi encontrado em 5,7% dos pacientes. A infecção oculta foi identificada em 1,5% (3/201) das amostras, sendo 33,3% com o genótipo A e 66,7% com o D. Nenhuma mutação foi observada. CONCLUSÕES: O estudo encontrou infecção oculta na amostra analisada. A infecção oculta encontrada mostra a importância de estudos moleculares, pois pacientes HBsAg negativos podem albergar o vírus disseminando-o para os demais pacientes.

ASSUNTO(S)

hepatite b infecção oculta genótipos prevalência

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