Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

OBJETIVO: Analisar comparativamente a incidência e o perfil etiológico da infecção hospitalar em recém-nascidos (RN) de origem interna e externa, admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). MÉTODOS: Estudo de coorte em RN internados na UTIN em 2002 e 2003. A vigilância epidemiológica das infecções hospitalares foi realizada prospectivamente, seguindo-se os métodos do National Nosocomial Infections Surveillance System. Compararam-se as características clínicas, demográficas, a incidência de infecção hospitalar precoce e tardia e o perfil dos microrganismos isolados dos RN com infecção tardia, segundo o local de nascimento. RESULTADOS: Incluíram-se no estudo 426 RN de origem interna (88%) e 60 de origem externa (12%). A incidência de infecção hospitalar precoce foi 10% e tardia, 21%, sem diferença estatística entre os RN internos e externos quanto à ocorrência de infecção hospitalar precoce (p=0,40) e tardia (p=0,41). Entre os micro-organismos isolados na infecção tardia, 52% foram Gram-positivos, com predomínio do Staphylococcus coagulase negativo, tanto para as infecções em RN externos (33%) quanto internos (41%). Dentre os Gram-negativos, Pseudomonas spp. e Enterobacter spp. foram isolados com maior frequência nos RN externos. A sepse (54%) e a pneumonia (20%) foram as infecções mais frequentes. CONCLUSÕES: Entre os grupos de RN separados de acordo com o local de nascimento, não houve diferença na incidência de infecção hospitalar precoce e tardia e no agente etiológico predominante da infecção hospitalar tardia.

ASSUNTO(S)

recém-nascido infecção hospitalar epidemiologia unidade de terapia intensiva

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