Infecção em mieloma múltiplo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-08

RESUMO

Infecções são causas significantes de morbidade e podem levar à morte pacientes com MM. O impacto das estratégias terapêuticas sobre o sistema imunológico predispõe a várias infecções oportunistas e disfunções orgânicas que podem aumentar o risco de infecções. Estudo epidemiológico de infecções em pacientes com MM foi feito em seis centros brasileiros e um chileno. Foram observados 228 episódios de infecção (mediana 1; 1-13) em 156 pacientes durante um ano. A idade mediana foi 57 anos (33-89) e foram 112 pacientes masculinos. Estágio III de Durie-Salmon em 71% dos episódios. Os pacientes foram divididos em três fases de acordo com o tempo de ocorrência de infecção relacionado ao tratamento do mieloma: fase 1 - terapia de indução; fase 2 - durante transplante e fase 3 - terapia de manutenção ou recidiva. Fase 1 que ocorreu durante doença ativa e falência renal como fatores de risco; infecção do trato respiratório (46%) e infecção urinária (21%) ,foram os mais frequentes. Fase 2 ocorreu provavelmente devido a cateter central, neutropenia e mucosite; bacteremia (31%) e FOI (23%) foram os mais frequentes. Fase 3 ocorreu mais frequentemente em pacientes recebendo cortecosteroides; infecção do trato respiratório (44%) foi o mais frequente. As taxas de morte relacionado à infecção foram 14,5 na fase 1, 5% na fase 2 e 14% na fase 3 (NS). A introdução de terapêuticas que prolongam a vida tem transformado o MM em doença crônica. A imunossupressão acumulada tem aumentado o risco de infecção e elevado a amplitude de potencial de patógenos. Infecções continuam representando o maior desafio para os clínicos que cuidam de pacientes com MM.

ASSUNTO(S)

mieloma múltiplo estudo epidemiológico infecções

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