Infarto agudo do miocárdio complicado por choque cardiogênico: efeito da circulação colateral nos resultados da intervenção coronária percutânea primária - dados do registro InCor
AUTOR(ES)
Valim, Leandro Richa, Lopes, Augusto Celso A., Bienert, Igor Ribeiro de Castro, Ribeiro, Henrique B., Campos, Carlos A., Esper, Rodrigo B., Zalc, Silvio, Perin, Marco A., Lemos, Pedro A., Ribeiro, Expedito E., Ramires, José Antonio F.
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: A presença de circulação colateral no contexto do infarto agudo do miocárdio (IAM) pode exercer um fator de proteção, levando a menor área de infarto e melhor função ventricular. Este trabalho procurou examinar as características clínicas dos pacientes com diferentes graus de circulação colateral e a influência desta na evolução do IAM com supradesnivelamento de segmento ST (IAMCSST) complicado com choque cardiogênico à admissão hospitalar e tratados com intervenção coronária percutânea (ICP) primária. MÉTODOS: Registro unicêntrico que realizou seguimento prospectivo no período de 2001 a 2009, incluindo 105 pacientes divididos em dois grupos, de acordo com o grau de circulação colateral: grupo 1, circulação colateral graus 0/1 (n = 83); e grupo 2, circulação colateral graus 2/3 (n = 22). As características clínicas e angiográficas e os desfechos hospitalares foram comparados entre os grupos. RESULTADOS: Ambos os grupos foram semelhantes em relação às características clínicas, exceto pela menor média de idade (65,9 anos vs. 57,8 anos; P = 0,015) e maior tendência ao tabagismo atual no grupo com colateral graus 2/3 (15,7% vs. 31,8%; P = 0,08). Quanto às características angiográficas, nos indivíduos com colateral graus 2/3 houve maior frequência de lesões/paciente (1,3 lesão vs. 1,8 lesão; P = 0,02) e maior acometimento de bifurcação coronária (18,5% vs. 36,4%; P = 0,03). Na evolução intra-hospitalar ficou evidenciada menor mortalidade nos pacientes com circulação colateral exuberante (49,4% vs. 27,3%, risco relativo de 0,55; P = 0,05). CONCLUSÕES: Em pacientes com IAMCSST e choque cardiogênico tratados com ICP primária a presença de circulação colateral pode favorecer um melhor prognóstico na evolução intra-hospitalar.
ASSUNTO(S)
angioplastia infarto do miocárdio choque cardiogênico circulação colateral
Documentos Relacionados
- Desfechos intra-hospitalares e preditores de mortalidade no infarto agudo do miocárdio com choque cardiogênico tratados por angioplastia primária: dados do registro InCor
- Desfechos tardios da intervenção coronária percutânea com stent farmacológico em pontes de veia safena: dados do registro InCor
- Resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea primária no infarto agudo do miocárdio em pacientes com mais de 80 anos
- Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST Tratado com Intervenção Coronária Percutânea Primária: A Importância de Dados Locais
- Trombectomia adjunta em intervenção percutânea primária para infarto agudo do miocárdio