Índice antropométrico para Pectus excavatum
AUTOR(ES)
Rebeis, Eduardo Baldassari, Campos, José Ribas Milanez de, Fernandez, Ângelo, Moreira, Luíz Felipe Pinho, Jatene, Fabio B.
FONTE
Clinics
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
INTRODUÇÃO: O pectus excavatum (PEX) caracteriza-se por depressão do esterno em relação ao gradeado costal. Medidas clínicas e objetivas para classificar esse defeito são raras e de difícil aplicação. Este trabalho tem por objetivo criar um índice antropométrico para PEX (IA) como método diagnóstico e de avaliação pré e pós-operatória, comparando-o ao índice de Haller (IH) e ao índice vertebral inferior (IV). MÉTODOS: No período de dezembro de 2001 a fevereiro de 2004 foram estudados dois grupos de pacientes no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP): a) 30 pacientes com a caixa torácica com configuração normal ao exame físico; b) 20 pacientes portadores de PEX. Estes últimos foram operados pela técnica de Ravitch modificada por Robicsek e pelo Serviço de Cirurgia Torácica do HC-FMUSP, sendo estudados no pós-operatório. Todos os pacientes foram avaliados a partir do IA (medidas clínicas), do IH (medidas tomográficas) e do IV (medidas radiográficas) no nível da maior deformidade (MD), no caso dos PEX e no terço distal do esterno (TD), nos normais. Os pacientes operados foram novamente medidos entre o 60º e o 80º dia do pós-operatório. RESULTADOS: Houve elevada correlação entre o IA e o IH (80% p< 0,001) e entre o IA e o IV (79% p< 0,001). A acurácia dos três índices foi similar, sendo que se estabeleceram os seguintes pontos de corte: IA= 0,12; IH= 3,10; e IV= 0,25. Ao ser analisado o pré-operatório, foi verificado para os três índices, que mais de 75% dos portadores de PEX encontravam-se acima dos pontos de corte e foram confirmados como portadores do defeito. No pós-operatório os valores dos índices encontrados abaixo do ponto de corte foram considerados dentro do padrão normal e isso ocorreu em 100% para o IA, em mais de 50% para o IH, e em 50% para o IV. CONCLUSÕES: O IA permitiu mensurar adequadamente o defeito, mantendo: a) alta correlação com o IH e o IV e elevada acurácia, semelhante à desses índices já consagrados; b) eficaz comparação entre o pré e pós-operatório.
ASSUNTO(S)
antropometria parede torácica tórax em funil tórax em funil