Indicadores para o tratamento cirúrgico na persistência do ducto arterial em neonatos prematuros na primeira semana de vida

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

OBJETIVO: Identificar parâmetros clínicos e ecocardiográficos para a indicação do tratamento cirúrgico precoce da persistência do ducto arterial. MÉTODOS: Esse estudo prospectivo foi conduzido na Unidade Neonatal do Hospital Municipal Odilon Behrens entre 2006 e 2010. A população estudada compreendeu 115 neonatos prematuros diagnosticados com persistência do ducto arterial na primeira semana após o nascimento, dos quais 55 (grupo S) foram submetidos ao tratamento clínico e ou cirúrgico e 60 (grupo NS) ao tratamento clínico. Os parâmetros analisados foram peso ao nascer, diâmetro do ducto arterial (DAD), relação diâmetro do átrio esquerdo pelo diãmetro da aorta (AE/Ao), índice DAD2/peso ao nascer e fluxo no ducto. RESULTADOS: O estudo abrangeu 58 pacientes do sexo masculino e 57 do feminino. O peso médio ao nascer do grupo S (924 ± 224,3 g) foi significativamente (P=0,049) menor do que do grupo NS (1012,3 ± 242,8 g). A probabilidade dos neonatos prematuros serem submetidos à cirurgia foi 62.1% (P=0,006) quando o índice DAD2/peso ao nascer era > 5 mm2/kg, 72,2% (P=0,001) quando a razão LA:Ao era > 1,5 e 61,2% (P=0,025) quando o fluxo no ducto era alto. CONCLUSÃO: Os parâmetros DAD²/peso ao nascer > 5 mm²/kg, razão LA:Ao > 1,5 e alto fluxo no ducto foram preditores estatisticamente significativos (P<0,05) da necessidade de fechamento cirúrgico do persistência do ducto arterial em neonatos prematuros com baixo peso ao nascer. Adicionalmente, quando a razão LA:Ao > 1,5 estava associada ao choque, a probabilidade de tratamento cirúrgico aumentou para 78,4%.

ASSUNTO(S)

permeabilidade do canal arterial ecocardiografia doenças do prematuro

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