INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM TRABALHADORES RURAIS
AUTOR(ES)
Pohl, Hildegard Hedwig, Arnold, Elise Ferreira, Dummel, Kely Lisandra, Cerentini, Taís Marques, Reuter, Éboni Marília, Reckziegel, Miriam Beatris
FONTE
Rev Bras Med Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-01
RESUMO
RESUMO Introdução: A obesidade tem provocado diversos agravos à saúde, impulsionada pela industrialização, avanços tecnológicos, urbanização e estilo de vida; esses aspectos estão relacionados com disfunções cardiovasculares. Diversos fatores estão associados aos problemas saúde da população, os quais podem ser previamente identificados com técnicas simples, como medidas antropométricas e escores de risco, usadas para determinar possíveis riscos. Objetivo: Relacionar variáveis antropométricas com o Escore de Risco de Framingham (ERF) em trabalhadores rurais. Métodos: Estudo transversal com 138 trabalhadores rurais, submetidos ao questionário de estilo de vida, avaliação antropométrica, bioquímica, cardiovascular e determinação do ERF. A antropometria foi estimada com os indicadores índice de massa corporal, circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ), índice de conicidade (IC) e razão circunferência cintura-estatura (RCEst); o perfil bioquímico identificou colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerídeos e glicemia; a função cardiovascular foi avaliada pela pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica em repouso. A partir das informações, os sujeitos foram classificados segundo o ERF em G1 (baixo risco), G2 (risco intermediário) e G3 (alto risco). As análises estatísticas constaram de frequência e percentual, comparação de médias pelo teste Kruskal-Wallis, e correlação de Pearson ou Spearman, considerando p < 0,05. Resultados: Com relação aos ERF, 81,4% sujeitos do sexo feminino e 51,9% do masculino apresentaram baixo risco cardiovascular, com mais da metade dos trabalhadores com respostas inadequadas nos parâmetros RCQ (58,7%), RCEst (67,4%), CT (58,0%) e LDL (52,9%). Na relação do total de pontos absolutos do ERF com as variáveis antropométricas, CC e RCEst demonstraram correlações fracas (0,293 e 0,175, respectivamente) e RCQ e IC, correlações moderadas (0,475 e 0,459, respectivamente). Conclusão: Alguns indicadores antropométricos (RCQ e IC) apresentaram relações mais fortes com o ERF, apontando que são mais efetivas em determinadas populações, além de indicar a maior probabilidade de eventos cardiovasculares nos trabalhadores rurais. Nível de Evidência III; Estudos diagnósticos - Investigação de um exame para diagnóstico.
ASSUNTO(S)
antropometria adiposidade estilo de vida promoção da saúde saúde do trabalhador.
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