Indicações para realização de ecocardiografia fetal e ausência de associação entre exames alterados e idade materna avançada: Um estudo transversal - Ecocardiografia fetal anormal
AUTOR(ES)
Silveira, Daniela Tarta da; Valete, Cristina Ortiz Sobrinho; Lucas, Eliane; Herdy, Gesmar Volga Haddad
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
Resumo Objetivo Analisar as indicações mais frequentes para realização de ecocardiografia fetal, incluindo idade materna avançada, e a associação destas com exames alterados. Métodos Foram incluídas todas as gestantes que realizaram ecocardiografia fetal na idade gestacional entre 22 e 32 semanas, em 2 centros de referência no Rio de Janeiro, no período de junho de 2015 a junho de 2016. Foi considerada idadematerna avançada se no momento do parto a idade materna fosse> 35 anos. As indicações e os resultados dos exames foram registrados, segundo a Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. Foramcalculadas as razões de prevalência brutas e ajustadas através da regressão de Poisson, considerando-se p < 0,05. Resultados Um total de 1.221 exames foram analisados. A frequência de exame ecocardiográfico alterado foi 14,82%. As alterações mais frequentes foram defeito do septo interventricular (6,39%), hipertrofia septal (3,35%) e defeito do septo atrioventricular (1,14%). Quinhentos e cinquenta e nove exames foram realizados com indicação de rotina, 289 por idade materna avançada e 373 preenchiam critério de acordo com a Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. O exame ecocardiográfico alterado foi associado ao ultrassom obstétrico sugerindo cardiopatia fetal, ao diabetes materno, à translucência nucal aumentada e ao ultrassom obstétrico sugerindo alteração extracardíaca. Não foi observada maior frequência de exame ecocardiográfico alterado nas gestantes com idade materna avançada, comparado ao restante da amostra. Conclusão Constatou-se elevada frequência de indicações de rotina, e por idade materna avançada isoladamente, que não foram associados a alterações da ecocardiografia fetal. Em nosso meio, quando o ultrassom obstétrico sugere cardiopatia fetal, é muito provável que a ecocardiografia fetal tambémseja anormal. Portanto, o ultrassom obstétrico é um bom método de rastreio pré-natal.
Documentos Relacionados
- Resultados perinatais adversos em mulheres com idade materna avançada: estudo transversal com nascimentos brasileiros
- As experiências das mulheres na gestação em idade materna avançada: revisão integrativa
- Ausência de associação entre níveis de 25-hidroxivitamina D e pré-diabetes em pacientes brasileiros. Um estudo transversal
- Idade materna avançada e sua associação com placenta prévia e descolamento placentário: uma metanálise
- Estudo da associação entre a concentração plasmática de homocisteína materna e a restrição de crescimento fetal