Incretinomiméticos e inibidores da dipeptidil peptidase-4: terapias inovadoras para o tratamento do diabetes tipo 2

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-08

RESUMO

É previsto que a prevalência de diabetes e a intolerância à glicose aumente dramaticamente ao longo das próximas duas décadas. As terapias clínicas para diabetes melito tipo 2 (DM2) têm tradicionalmente incluído modificação do estilo de vida, agentes antidiabéticos orais e, por último, o início da insulina. Neste artigo, revisamos os resultados dos estudos clínicos de duas terapias inovadoras no tratamento do DM2 baseadas nos efeitos glicorregulatórios dos hormônios incretina. Os incretinomiméticos são medicamentos peptídeos que mimetizam várias das ações do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) e têm demonstrado reduzir níveis de hemoglobina glicada (A1C) em pacientes com DM2. Adicionalmente, incretinomiméticos reduzem as glicemias pós-prandial e de jejum, suprimem a liberação elevada do glucagon, e são associados com redução de peso. Os inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) aumentam os níveis de GLP-1 endógeno pela inibição da degradação enzimática do GLP-1. Estudos clínicos em pacientes com DM2 têm demonstrado que inibidores da DPP-4 reduzem A1C elevada, reduzem as glicemias pós-prandial e de jejum, suprimem a liberação elevada do glucagon e são neutros quanto ao peso. Coletivamente, estas novas medicações, administradas em combinação com outros agentes antidiabéticos, como metformina, sulfoniluréias e/ou tiazolidinedionas (TZDs), podem ajudar a recuperar a homeostase glicêmica de pacientes com DM2 não-controlados.

ASSUNTO(S)

diabetes tipo 2 exenatida inibidor da dpp-4 glp-1 incretina

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