Incorporação de desinfetantes para obtenção de modelos de gesso: avaliação microbiológica e dimensional

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. odontol. UNESP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar alteração dimensional e ação antimicrobiana de substâncias desinfetantes incorporadas durante manipulação do gesso. MATERIAL E MÉTODO: In vivo - Micro-organismos foram coletados com swabs dos moldes de 30 voluntários, inoculados em Ágar BHI e incubados a 37 °C por 24 horas. Os moldes foram vazados com gesso tipo IV, manipulados com soro fisiológico (G1), hipoclorito de sódio 1% (G2) e clorexidina 4% (G3) substituindo a água. Decorrida 1 hora de presa fez-se duas coletas com swabs nos modelos, incubação e leituras das placas após 24 horas. Empregaram-se os testes Kruskal-Wallis e Wilcoxon com níveis de confiança de 99% e 95% respectivamente. In vitro - Inocularam-se S. mutans (ATCC25175), S. sanguis (ATCC10556) e E. faecalis (ATCC29212) em Ágar Müeller Hinton, onde posicionaram-se anéis de aço preenchidos com as mesmas substâncias do estudo in vivo. Após deposição do gesso e incubação, os halos foram medidos com paquímetro digital e os dados submetidos à ANOVA e Tukey com nível de confiança de 95%. Alteração dimensional - Com matriz metálica e moldeira perfeitamente adaptada padronizou-se eixo de inserção e força empregada para moldagem e obtenção de 30 corpos de prova em gesso tipo IV, seguindo a mesma distribuição dos grupos do estudo in vivo. Os corpos de prova foram mensurados pelo software Image Pro Plus e os dados submetidos à ANOVA e Tukey com nível de confiança de 95%. RESULTADO: Os dados do estudo in vivo demonstraram diferença significativa entre molde e cada modelo (p<0,001). No teste Wilcoxon não houve diferença significante entre grupos de modelos. In vitro- G2 apresentou maiores halos de inibição em todos micro-organismos testados em relação ao G3, mas com relação à alteração dimensional, houve diferença significante entre soluções e padrão metálico, onde G3 provocou menor alteração do que G2. CONCLUSÃO: Clorexidina 4% apresentou-se como o desinfetante mais adequado.

ASSUNTO(S)

microbiologia clorexidina hipoclorito de sódio modelos dentários

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