Incontinência urinária e sintomas de bexiga hiperativa em mulheres com câncer de mama em tratamento com terapia hormonal oral

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-11

RESUMO

Resumo Objetivo: O objetivo do presente estudo foi observar a frequência e a gravidade dos sintomas urinários em mulheres com câncer de mama em uso de terapia hormonal oral, associando estes com a adesão ao tratamento. Métodos: As pacientes foram entrevistadas uma única vez, entre junho e outubro de 2016. A avaliação dos sintomas urinários foi realizada por dois questionários: International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF, na sigla em inglês) e o Questionário Sobre Bexiga Hiperativa (ICIQ-OAB, na sigla em inglês). A adesão foi avaliada pelo método Morisky-Green. A análise estatística foi realizada pelo teste de Mann-Whitney, regressão linear e correlação de Spearman. Resultados: Foram entrevistadas 58 mulheres: 42 tratadas com tamoxifeno e 16 com inibidor de aromatase. Vinte e sete mulheres (46,5%) apresentaram sintomas de incontinência urinária (IU) e 15 (25,8%) apresentaram incontinência urinária por estresse (IUS). Quatorze (24,1%) das mulheres tinham sintomas de bexiga hiperativa. Não houve diferença estatística nos sintomas entre os tratamentos e a duração dos tratamentos. Os escores mais elevados no questionário ICIQ-SF estiveram associados à baixa/média adesão e à idade avançada. Os escores mais elevados no questionário da ICIQ-OAB foram associados à baixa/média adesão. Conclusão: O presente estudo mostrou alta prevalência de sintomas urinários, como IU e bexiga hiperativa, associadas à baixa/média adesão e à idade mais avançada em mulheres com câncer de mama em tratamento com hormonioterapia oral. Os profissionais de saúde devem estar atentos a esses sintomas, pois eles podem influenciar a qualidade de vida e a adesão ao tratamento.

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