Incidência e fatores de risco para a extubação acidental em uma unidade de terapia intensiva neonatal

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a incidência e fatores de risco para a extubação acidental (EA) em uma unidade de terapia intensiva neonatal de nível terciário. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo para determinar a densidade de incidência de EA por 100 pacientes-dia, no período de 23 meses, em 222 recém-nascidos em assistência ventilatória (AV). Foram estudados os fatores de risco para a EA utilizando análise de regressão logística. A presença de padrão cíclico nas taxas de extubação, segundo variáveis de interesse, foi investigada pela análise de Cosinor. RESULTADOS: A média da taxa de EA foi de 5,34/100 pacientes-dia ventilados. As variáveis preditoras que se associaram à EA foram o uso subsequente da via oral e nasal durante a AV [risco relativo (RR) = 4,73; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 1,92-11,60], a duração da AV (a cada dia RR = 1,03; IC95% 1,02-1,04) e o número de pacientes-dia ventilados (RR = 1,01; IC95% 1,01-1,02). Pela regressão múltipla ajustada, o tempo total de AV foi o único preditor independente para a EA nesta amostra (RR = 1,02; IC95% 1,01-1,03). O tempo de AV de 10,5 dias apresentou acurácia de 0,79 (IC95% 0,71-0,87) para a ocorrência de EA. A análise de Cosinor demonstrou periodicidade significativa na taxa geral de EA e no número de pacientes-dia ventilados. Houve correlação significativa entre o número de pacientes-dia e a frequência de EA. CONCLUSÃO: A densidade média de EA foi de 5,34/100 pacientes-dia. O único preditor independente para EA foi a duração da AV. A melhor acurácia para a ocorrência de EA foi obtida aos 10,5 dias de duração da AV.

ASSUNTO(S)

ventilação mecânica fatores de risco prematuro intubação incidência

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