Incidência de lesões intra-epiteliais cervicais em população de adolescentes atendidas em serviço público de saúde no Rio de Janeiro, Brasil
AUTOR(ES)
Monteiro, Denise Leite Maia, Trajano, Alexandre José Baptista, Silva, Kátia Silveira da, Russomano, Fábio Bastos
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-05
RESUMO
O objetivo foi estimar a incidência e os tipos das alterações citopatológicas cervicais em adolescentes acompanhadas em serviço público entre 1993-2006. Estudo de coorte, tendo como critérios de inclusão: idade < 20 anos, apresentar atividade sexual, citopatologia negativa para lesão cervical na entrada do estudo ou tempo de atividade sexual <1 ano. Os dados foram coletados de prontuários de 403 adolescentes. Foi estimada densidade de incidência, e para o cálculo da incidência das alterações citopatológicas referentes a cinco anos de acompanhamento após atividade sexual foi utilizado o método atuarial. No primeiro ano de atividade sexual, a incidência de lesões cervicais foi de 24,1%. Houve redução da incidência nos quatro anos subseqüentes com variação entre 3-8%. A densidade de incidência foi de 4,7 casos/100 pessoas-ano. O primeiro diagnóstico citológico anormal mostrou atipias em células escamosas de significado indeterminado (ASCUS) em 5,5% (22) das pacientes, lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL) em 28% (113) e lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL) em 3% (12). Oito (67%) dos casos de HSIL ocorreram no primeiro ano de atividade sexual. A incidência de alterações citopatológicas é alta no início da vida sexual, sugerindo ser importante a inclusão das adolescentes sexualmente ativas no Programa de Controle do Câncer de Colo Uterino.
ASSUNTO(S)
neoplasia intra-epitelial cervical adolescentes papillomaviridae
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