Incidência de acidentes ofídicos por gêneros de serpentes nos biomas brasileiros

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-07

RESUMO

Resumo O aporte de insumos para o tratamento de acidentes ofídicos, bem como o treinamento da equipe assistencial devem ser orientados de acordo com a frequência e riscos por áreas geográficas. O objetivo deste artigo é analisar a tendência da taxa de incidência de acidentes ofídicos segundo gênero de serpentes nos biomas brasileiros no período de 2003 a 2012. Estudo ecológico de tendência da taxa de incidência dos acidentes ofídicos por serpentes dos gêneros Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus para os biomas no período de 2003-2012, por meio de regressão de Prais-Winsten. O número de acidentes passou de 26.082 em 2003 para 27.870 em 2012, com aumento de demanda por insumos. A análise de tendência da taxa de incidência mostrou tendência estacionária, exceto para o gênero Crotalus com tendência ascendente no agregado do Brasil. Tendência ascendente foi verificada no Cerrado para o gênero Crotalus, Lachesis e Micrurus, no Pampa também para Crotalus, na Caatinga para o gênero Lachesis e na Mata Atlântica para o gênero Micrurus. A tendência estacionária verificada para os acidentes ofídicos no Brasil decorre da maioria destes (87%) serem causados por serpentes do gênero Bothrops. No entanto, destaca-se aumento do risco para acidentes com serpentes dos gêneros Crotalus, Lachesis e Micrurus.

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