Inadequações dos Esfigmomanômetros Utilizados em Serviços de Urgência e Emergência de uma Grande Capital Brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Int. J. Cardiovasc. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

Resumo Fundamento: A hipertensão arterial é o principal fator de risco cardiovascular. A qualidade técnica dos esfigmomanômetros é condição fundamental para obtenção da correta medida da pressão arterial. Objetivos: Avaliar o perfil dos esfigmomanômetros disponíveis nos serviços de urgências de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Realizamos um estudo transversal, observacional e não intervencionista para avaliar o perfil dos esfigmomanômetros disponíveis nos prontos atendimentos de adultos de hospitais públicos e privados do município de Belo Horizonte. Avaliamos 337 aparelhos de 25 hospitais, sendo 15 públicos (do total de 16) e 10 privados (do total de 12). Resultados: Foram observadas inadequações dos equipamentos em relação à validação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, em 26% (88/337) dos equipamentos; calibração vencida em 39% (132/337) e não correspondência de marca aparelho/braçadeira em 54% (188/337). Em 13 dos 25 hospitais (52%), não havia disponibilidade de manguitos para braços de diferentes tamanhos além do padrão. Houve superioridade de adequação dos aparelhos aneroides e de mercúrio dos hospitais privados (p = 0,038 e p < 0,001, respectivamente) e dos eletrônicos nos públicos (p < 0,001). Conclusão: Conclui-se que 78% dos esfigmomanômetros disponíveis nos serviços de urgência/emergência de uma das maiores capitais brasileiras apresentavam inadequações técnicas, e em metade dos serviços não havia manguitos de diferentes tamanhos. Tal fato representa um alerta para a situação dos equipamentos disponíveis para atendimento da população no país.

ASSUNTO(S)

hipertensão esfigmomanômetros serviços médicos de emergência hospitais públicos hospitais privados falha de equipamento

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