IMUNODETECÇÃO DA PROTEÍNA p53 EM CÂNCER DE MAMA. UM IMPORTANTE FATOR PROGNÓSTICO?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

No Brasil, o câncer de mama constitui-se na patologia maligna mais incidente na população feminina e a sua história natural demonstra um curso clínico e sobrevida variáveis. Desde que a terapia sistêmica tornou-se parte integrante do tratamento, a necessidade de saber se uma paciente terá maior ou menor probabilidade de recidiva loco-regional ou à distância tornou-se fundamental. O conhecimento de fatores prognósticos é de suma importância na determinação e eficácia dos programas terapêuticos. A imunodetecção da proteína p53 representa um método indireto de avaliar mutações no gene TP53 e tem sido descrita como fator prognóstico para inúmeras neoplasias malignas humanas e tem sido associada a um pior prognóstico das pacientes. Este estudo avaliou a imunodetecção nuclear da proteína p53 e sua associação com os fatores clínicopatológicos relativos ao paciente e ao tumor, em uma série de 214 pacientes portadoras de carcinoma de mama e atendidas no Hospital Araújo Jorge em Goiânia, no período de 1997-2001. Em nossa casuística a imunodetecção positiva de p53 nas células tumorais não demonstrou nenhuma associação com os parâmetros clínicopatológicos convencionais, incluindo: idade superior a 60 anos, estadiamento clínico, grau de anaplasia, expressão de receptores de estrogênio e/ou progesterona, c-erbB-2, comprometimento linfonodal e tamanho tumoral. A imunodetecção da proteína p53 não influenciou significativamente a sobrevida das pacientes analisadas em nossa série. Resultados semelhantes foram obtidos por outros estudos. Assim, concluímos que métodos moleculares mais sensíveis à detecção de mutações sejam testados, a fim de validar o papel prognóstico das mutações em TP53 no câncer de mama.

ASSUNTO(S)

p53 mama prognostic factor breast p53 fator prognóstico cancer câncer genetica

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