Importância da tomografia de coerência óptica e do eletrorretinograma na retinosquise senil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-10

RESUMO

O diagnóstico da retinosquise pode ser, muitas vezes, difícil por causa das formas clínicas atípicas. Freqüentemente, os exames complementares são necessários para a confirmação diagnóstica. O descolamento de retina deve sempre ser considerado no diagnóstico diferencial. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, negra, com 61 anos de idade, assintomática. Na fundoscopia do olho direito, detectou-se uma lesão retiniana superior periférica que se estendia ao pólo posterior. O olho contralateral era normal. Na ultra-sonografia do olho direito, evidenciou-se uma membrana de alta reflexividade. No campo visual, detectou-se um defeito absoluto no campo inferior. O OCT, com scan centrado na ruptura da camada externa, demonstrou a separação da estrutura da retina. O ERG escotópico revelou uma nítida redução da amplitude da onda b no olho direito em relação ao olho contralateral (resposta com "onda negativa" no olho direito). O ERG multifocal era sem alterações nos dois olhos. Nos casos duvidosos, os exames complementares são indispensáveis. O OCT demonstrou morfologicamente a alteração. O ERG e a presença do escotoma absoluto no campo inferior confirmaram a alteração funcional da retina. A presença da "onda negativa" demonstra o comprometimento da função das camadas internas da retina através da redução da onda b e a função normal dos fotorreceptores com a presença da onda a inalterada. Casos duvidosos devem sempre ser investigados e estudados cuidadosamente para que tenhamos um diagnóstico de certeza e, conseqüentemente, uma conduta médica mais efetiva evitando procedimentos que possam eventualmente comprometer a visão.

ASSUNTO(S)

retinosquise eletrorretinografia descolamento retiniano tomografia de coerência óptica idoso

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