Implante de Válvula Aórtica por Cateter e Seus Fatores de Morbimortalidade em Experiência de 5 Anos no Brasil
AUTOR(ES)
Souza, André Luiz Silveira, Salgado, Constantino González, Mourilhe-Rocha, Ricardo, Mesquita, Evandro Tinoco, Lima, Luciana Cristina Lima Correia, Mattos, Nelson Durval Ferreira Gomes de, Rabischoffsky, Arnaldo, Fagundes, Francisco Eduardo Sampaio, Colafranceschi, Alexandre Siciliano, Carvalho, Luiz Antonio Ferreira
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/05/2016
RESUMO
Resumo Fundamento: O implante de válvula aórtica por cateter tornou-se uma opção para pacientes com doença valvar aórtica de elevado risco cirúrgico. Objetivo: Avaliar os resultados dos seguimentos intra-hospitalar e de até 1 ano do implante de válvula aórtica por cateter. Métodos: Estudo de coorte prospectiva de casos de implante de válvula aórtica por cateter entre julho de 2009 e fevereiro de 2015. Análise de variáveis clínicas e do procedimento, correlacionando com mortalidade intra-hospitalar e de 1 ano. Resultados: Foram submetidos ao implante 136 pacientes, com média de idade de 83 (80-87) anos, sendo 49% mulheres, 131 (96,3%) deles com estenose aórtica, um (0,7%) com insuficiência aórtica e quatro (2,9%) com disfunção de prótese. A classe funcional da NYHA foi III ou IV em 129 (94,8%) casos. A área valvar inicial foi 0,67 ± 0,17 cm2 e o gradiente ventrículo esquerdo-aorta médio de 47,3 ± 18,2 mmHg, com STS de 9,3% (4,8%-22,3%). As próteses implantadas eram autoexpansíveis em 97% dos casos. A mortalidade peroperatória em 1,5% dos casos; em 30 dias em 5,9%; intra-hospitalar em 8,1%; e após 1 ano em 15,5% dos casos. A hemotransfusão (risco relativo de 54; p = 0,0003) e a hipertensão arterial pulmonar (risco relativo de 5,3; p = 0,036) foram preditoras de mortalidade hospitalar; e a proteína C-reativa pico (risco relativo de 1,8; p = 0,013) e a hemotransfusão (risco relativo de 8,3; p = 0,0009) de mortalidade em 1 ano. Aos 30 dias, 97% dos pacientes estavam em classe NYHA I/II e, em 1 ano, o número chegou a 96%. Conclusão: O implante de válvula aórtica por cateter foi realizado com alto índice de sucesso e baixa mortalidade. A hemotransfusão associou-se com maior mortalidade hospitalar e de 1 ano. Proteína C-reativa pico se associou com a mortalidade de 1 ano.
ASSUNTO(S)
estenose da valva aórtica / cirurgia mortalidade implante de prótese valvuloplastia com balão estudos de coortes
Documentos Relacionados
- Síndrome de Heyde e Implante de Válvula Aórtica por Cateter
- Implante por cateter de bioprótese valvar para tratamento da estenose aórtica: experiência de três anos
- Manejo anestésico e complicações no implante percutâneo de válvula aórtica
- Tratamento cirúrgico da endocardite da válvula aórtica: 26 anos de experiência
- Obstrucao Coronaria apos Implante por Cateter de Protese Valvar Aortica