Impacts of the construction of the Port of Suape on phytoplankton in the Ipojuca River estuary (Pernambuco-Brazil)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Archives of Biology and Technology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-01

RESUMO

A implantação do Complexo Industrial Portuário de Suape (Pernambuco-Brasil) entre 1979 e 1984, modificou os processos ecológicos observados no estuário do rio Ipojuca. As amostras foram coletadas mensalmente em 4 estações fixas, no período de abril/86 a março/87 nas preamares e baixa-mares diurnas, utilizando-se uma rede de plâncton com abertura de malha de 65 mim e garrafas de Van Dorn. Foram identificados um total de 133 taxa. As espécies marinhas litorais foram as mais comuns e freqüentes, destacando-se: Gyrosigma balticum (Ehrenberg) Rabenhorst, Nitzschia sigma (Kützing) Wm. Smith, Licmophora abbreviata Agardh, Climacosphenia moniligera Ehrenberg, Surirella febigerii Lewis, Terpsinoe musica Ehrenberg and Cylindrotheca closterium (Ehrenberg) Reiman and Lewis. A composição florística do fitoplâncton mostrou diferenças significativas após a construção do Porto, tendo ocorrido uma maior representação de espécies marinhas, principalmente de dinoflagelados, as quais, com a abertura dos recifes foram mais facilmente carreadas para o estuário. A flora esteve caracterizada por espécies litorais, que em virtude da pequena profundidade e aumento do hidrodinamismo, chegam à camada superficial da coluna da água. A comunidade fitoplanctônica está influenciada pela salinidade, precipitação pluviométrica e variações de marés. Devido à interação de diversos fluxos, a diversidade específica foi elevada (> 3 bits.cel-1), demonstrando haver uma heterogeneidade ambiental. Após a construção do Porto, foi verificado uma diminuição da densidade fitoplanctônica devido à grande quantidade de material em suspensão, sendo a luz o fator limitante. Os menores valores foram registrados no período chuvoso (121.000 cel.l-1), apesar das concentrações elevadas de nutrientes. No período seco, quando a intensidade luminosa é mais intensa, o fitoplâncton apresenta as maiores densidades (1.789.000 cel.l-1).

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