Impacto e (i)mobilização: um estudo sobre campanhas de prevenção ao câncer
AUTOR(ES)
Ramos, Conrado, Carvalho, João Eduardo Coin de, Mangiacavalli, Maria Angélica da Silveira Corrêa
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-10
RESUMO
Nos últimos anos, o governo e parte da sociedade brasileira têm-se mobilizado intensificando o planejamento de ações de prevenção, controle e assistência aos pacientes com câncer. A análise das estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil colocam em cheque a efetividade das campanhas de prevenção. Uma das dimensões que parece não ter sido levada suficientemente em conta nas estratégias de formação das campanhas diz respeito aos fatores psicossociais implicados nestas campanhas. Neste trabalho, analisamos as respostas de quinze universitárias quanto aos slogans de sete campanhas de prevenção ao câncer. Foram avaliados o poder de mobilização das campanhas, tendo como referente sua associação com a representação de câncer como morte. Os resultados sugerem uma diferença importante entre o impacto das campanhas e seu poder de efetivamente mobilizar a população para a prevenção e o tratamento. Concluímos que elementos de natureza psicossocial, como a representação social de câncer, a auto-estima, as relações entre individualidade e coletividade, os discursos de gênero e o caráter ideológico dos slogans devem ser levados em conta na elaboração de campanhas de prevenção ao câncer.
ASSUNTO(S)
câncer representações sociais ideologia discurso
Documentos Relacionados
- Análise das campanhas de comunicação sobre câncer de mama - um estudo comparativo entre as iniciativas do INCA e do IBCC
- Do caranguejo vermelho ao Cristo cor-de-rosa: as campanhas educativas para a prevenção do câncer no Brasil
- Dos gabinetes de ginecologia às campanhas de rastreamento: a trajetória da prevenção ao câncer de colo do útero no Brasil
- Análise de dados das campanhas de prevenção ao câncer da pele promovidas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia de 1999 a 2005
- Parte II – Campanhas e práticas de prevenção