Impacto do tamanho do enxerto de cartilagem no sucesso da timpanoplastia

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Introdução: Na última década, tem havido um interesse crescente no uso de enxertos de cartilagem como opção para o reparo de perfurações primárias de membrana timpânica. As principais vantagens da cartilagem são a sua rigidez e o metabolismo braditrófico, o que a torna particularmente adequada para condições difíceis, tais como perfurações subtotais, otite adesiva e reoperações. Objetivo: Analisar o impacto de diferentes tamanhos de perfuração, portanto diferentes tamanhos de cartilagem, sobre o desfecho anatômico e funcional da timpanoplastia. Método: Através deste estudo prospectivo, não controlado, não randomizado, 50 pacientes foram submetidos a timpanoplastia de cartilagem tipo 1 (20 mulheres e 30 homens), com idade média de 19,3 ± 9,8 anos. De acordo com o tamanho da perfuração, os pacientes foram subdivididos em três grupos, Grupo I com perfuração > 50% da área da membrana timpânica, Grupo II com perfuração de 25%-50% da área da membrana timpânica, Grupo III com perfuração ≤ 25% da membrana timpânica. Todos apresentavam Audiometria tonal pura pré e pós-operatório - gap Aéreo-Ósseo para frequências testadas (0,5, 1, 2, 4 kHz). Todos os pacientes foram acompanhados por pelo menos 12 meses após a cirurgia. Resultados: A taxa de sucesso anatômico entre todos os pacientes foi de 92%, todos os grupos apresentaram melhoria estatisticamente significante entre pré e pós-operatório nos três grupos, não houve correlação significante entre o tamanho do enxerto de cartilagem e observou-se algum grau de melhoria do gap nos 3 grupos. Conclusão: O tamanho do enxerto de cartilagem não tem impacto sobre o grau de melhoria da audição ou na taxa de sucesso anatômico após timpanoplastia.

ASSUNTO(S)

estudo prospectivo de enxerto de cartilagem tamanho da perfuração timpanoplastia

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