Impacto do manejo da pastagem de azevém (Lolium multiflorum Lam.) sobre a contaminação larval no pasto e a infecção parasitária em ovinos / Impact of italian ryegrass (Lolium Multiflorum Lam.) management on the infective larvae in graze and parasite burden in sheep

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O parasitismo gastrintestinal representa um dos principais entraves para a viabilidade produtiva e econômica da ovinocultura. A forma de utilização da pastagem tem sido considerado como um dos fatores que afetam o grau de parasitismo dos ovinos. O presente experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul (30º 05’ S e 51º 40’ W). com o objetivo de definir e quantificar o efeito da oferta de forragem de Lolium multiflorum Lam. (10 e 20 kg de matéria seca/100 kg de peso vivo) mantida sobre lotação contínua ou lotação intermitente com ovinos, sobre a carga parasitaria no animal e na pastagem. O desenvolvimento e sobrevivência das larvas foram avaliados em diferentes estratos da pastagem (acima de 15 cm; de 10 a 15 cm; de 5 a 10 cm;de 2,5 a 5cm e de 0 a 2,5 cm) e mantilho. As amostras de cada estrato da pastagem foram acondicionada em caixa térmica mantidas refrigeradas e enviadas para análise laboratorial (identificação e contagem das larvas de helmintos recuperadas). A carga parasitária no animal foi acompanhada através de exames coproparasitológicos, realizados a cada ciclo de pastejo. Com o intuito de constatar qual estrato da pastagem era preferencialmente pastejado pelos animais e assim estabelecer o risco de reinfestação, adotou-se a técnica de perfilhos marcados. O estudo constatou que a dinâmica populacional das larvas infectantes na pastagem se apresenta de forma semelhante entre os tratamentos, ou seja as concentrações de larvas infectantes aumentam do topo para a base do dossel forrageiro. Porém entre os estratos pastejaveis só houve diferenças (p<0,05) na oferta de 20% do PV, a qual proporcionou uma maior recuperação (p<0,05) de larvas infectantes(L3). Na oferta de 10% PV, a estrutura mais elevada do pasto na lotação intermitente também proporcionou maior desenvolvimento e sobrevivência de L3 para os gêneros Trichostrongylus spp. e Haemonchus spp.(p<0,05). Nas ofertas de 20% PV a maior infecção da pastagem resultou em valores maiores (p<0,05) de OPG. Já para oferta de 10% PV essa tendência não foi observada, resultando em animais com carga parasitária semelhante. Para a lotação contínua na oferta de 10% PV, os animais são forçados a consumir boa parte da dieta nos estratos inferiores da pastagem. Este fato pode justificar a igualdade na carga parasitária entre os métodos, independente de a lotação intermitente ter apresentado uma maior infecção da pastagem.

ASSUNTO(S)

ovino pastagem azevém parasito de animal

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