Impacto do galhador Parkiamyia paraensis (Diptera, Cecidomyiidae) sobre a planta da Amazônia Parkia pendula Benth. ex Walp. (Fabaceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Entomologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Observou-se a ocorrência de um grande número de galhas induzidas por Parkiamyia paraensis (Diptera, Cecidomyiidae) nos folíolos de Parkia pendula (Fabaceae) no norte do Pará, Brasil. Este estudo foi direcionado para responder duas perguntas: i) qual é a proporção de plantas atacadas no campo e em condições de estufa? e ii) qual é o impacto das galhas na planta hospedeira? Uma média de 86% das plantas apresentaram galhas no campo. Indivíduos com galhas de P. pendula eram distintos dos indivíduos saudáveis devido à arquitetura curvada e pela morte dos ramos terminais. Aproximadamente 50% do total de folhas e 35% dos folíolos de plantas jovens foram atacados por P. paraensis em condições de estufa. Para cada ano de idade, a planta apresentou uma média de 1.300 galhas e uma média de 60g alocadas para o tecido galhado. Indivíduos atacados eram mais altos e mais pesados que plantas saudáveis. Plantas atacadas possuíam cinco vezes mais biomassa que plantas saudáveis. Quando o peso das galhas foi removido, o peso das plantas atacadas (parte aérea sem galhas) foi drasticamente reduzido, indicando que a maior parte da biomassa de plantas atacadas foi tomada pelas galhas de P. paraensis. Embora possa existir um paradoxo, onde plantas jovens atacadas por herbívoros galhadores desenvolvam mais vigorosamente do que plantas não atacadas, sugere-se que P. paraensis afetem negativamente o desenvolvimento de P. pendula.

ASSUNTO(S)

amazônia galhas de insetos impacto de herbívoros porto trombetas

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