Impacto das variáveis sociodemográficas nas funções executivas

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO Funções executivas regulam o comportamento humano e permitem ao indivíduo interagir e agir no mundo. Elas são sensíveis a variáveis sociodemográficas como a idade, que promove seu declínio, e a outras que podem ter ação neuroprotetora. Objetivo: Avaliar o papel preditivo da escolaridade, atividade ocupacional e renda familiar sobre o declínio das funções executivas em uma amostra de ampla variação de idade. Métodos: 925 participantes saudáveis com idades de 18 a 89 anos e escolaridade de 1 a 28 anos foram submetidos ao exame de funções executivas com uma Tarefa de Classificação de Cartas (TCC) e de Fluência Verbal nominal (FVN) e semântica (FVS). Foram obtidas a renda, atividade ocupacional e escolaridade da amostra. Os dados foram analisados com Regressão Linear, Correlação Pearson e Spearman. Resultados: Idade apresentou correlação significativa (p<0,001) negativa com o desempenho em TCC, FVN e FVS, enquanto educação, renda e ocupação se relacionaram de forma positiva (p<0,001) com as tarefas utilizadas. Após modelo de regressão linear multivariada, apenas educação (p<0,001)e renda (p<0,001) mantiveram relação significativa positiva com FVN. A relação negativa da idade (p<0,001) e positiva de educação (p<0,001) e renda (p<0,001 e p=0,003) foi evidente em TCC e FVS. Conclusão: Escolaridade e renda influenciaram positivamente os resultados dos participantes nos testes de função executiva, tendo um efeito contrário ao declínio esperado para a idade. Por outro lado a ocupação não manteve relação com as variáveis cognitivas.

ASSUNTO(S)

envelhecimento fatores socioeconômicos função executiva

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