Impacto das variáveis sociodemográficas nas funções executivas
AUTOR(ES)
Campanholo, Kenia Repiso, Boa, Izadora Nogueira Fonte, Hodroj, Flávia Cristina da Silva Araujo, Guerra, Glaucia Rosana Benute, Miotto, Eliane Correa, Lucia, Mara Cristina Souza de
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-03
RESUMO
RESUMO Funções executivas regulam o comportamento humano e permitem ao indivíduo interagir e agir no mundo. Elas são sensíveis a variáveis sociodemográficas como a idade, que promove seu declínio, e a outras que podem ter ação neuroprotetora. Objetivo: Avaliar o papel preditivo da escolaridade, atividade ocupacional e renda familiar sobre o declínio das funções executivas em uma amostra de ampla variação de idade. Métodos: 925 participantes saudáveis com idades de 18 a 89 anos e escolaridade de 1 a 28 anos foram submetidos ao exame de funções executivas com uma Tarefa de Classificação de Cartas (TCC) e de Fluência Verbal nominal (FVN) e semântica (FVS). Foram obtidas a renda, atividade ocupacional e escolaridade da amostra. Os dados foram analisados com Regressão Linear, Correlação Pearson e Spearman. Resultados: Idade apresentou correlação significativa (p<0,001) negativa com o desempenho em TCC, FVN e FVS, enquanto educação, renda e ocupação se relacionaram de forma positiva (p<0,001) com as tarefas utilizadas. Após modelo de regressão linear multivariada, apenas educação (p<0,001)e renda (p<0,001) mantiveram relação significativa positiva com FVN. A relação negativa da idade (p<0,001) e positiva de educação (p<0,001) e renda (p<0,001 e p=0,003) foi evidente em TCC e FVS. Conclusão: Escolaridade e renda influenciaram positivamente os resultados dos participantes nos testes de função executiva, tendo um efeito contrário ao declínio esperado para a idade. Por outro lado a ocupação não manteve relação com as variáveis cognitivas.
ASSUNTO(S)
envelhecimento fatores socioeconômicos função executiva
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