Impacto da transfusão autóloga no uso de concentrado de hemácias em cirurgias de revascularização do miocárdio

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o impacto do sistema de autotransfusão com hemoconcentração (SAH) no uso de concentrado de hemácias (CH) em cirurgias de revascularização do miocárdio (CRM). MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo transversal, que incluiu 87 pacientes submetidos a CRM eletiva primária com miniCEC, sendo 44 sem uso do SAH e 43 pacientes com uso do SAH. Foi investigada a necessidade de uso e o volume de CH em cada grupo, bem como fatores de risco cardiovascular, variáveis pré-operatórias e parâmetros cirúrgicos transoperatórios por meio de coleta de dados em prontuários. Não houve randomização ou intervenção na seleção dos grupos. Na análise estatística foram utilizados os testes t de Student, teste U de Mann-Whitney, teste do qui-quadrado, com um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Em relação a fatores de risco cardiovascular e variáveis pré e transoperatórias, não houve diferença estatística significativa entre os dois grupos. Quando se avaliou o uso absoluto de CH no transoperatório, houve diferença estatística significativa (P=0,00008) entre os grupos sem-SAH (21/44 casos; 47,7%) e com-SAH (4/43 casos; 9,3%). Na análise dos volumes de CH utilizado no transoperatório, também houve diferença significativa (P=0,000117) entre os volumes utilizados no grupo sem-SAH (198,651258,65 ml) e com-SAH (35,061125,67 ml). Já no pós-operatório imediato (até 24 horas), não houve diferença tanto no uso absoluto como nos volumes de CH entre os grupos que usaram ou não o SAH. CONCLUSÃO: A autotransfusão de hemácias possibilitada pelo uso do SAH determina menor uso de CH homólogo no transoperatório de CRM com uso de miniCEC.

ASSUNTO(S)

transfusão de sangue autóloga revascularização miocárdica transfusão de eritrócitos

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