Impacto da informação escrita no controle e adesão na diabetes tipo 2

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-02

RESUMO

Resumo Introdução: A educação terapêutica e a informação dada à pessoa com diabetes parece ser importante nesta doença de prevalência crescente. Estudar a efetividade da informação escrita dada ao utente diabético, após 6 meses, no controle e na adesão terapêutica. Método: Ensaio clínico não farmacológico. Amostra aleatorizada de diabéticos de 65 médicos de família voluntários, distribuídos pelas cinco regiões de Portugal continental. Na primeira consulta, as pessoas foram aleatorizadas (em grupos de intervenção com folhetos validados e grupo controle) e foi reforçada a leitura do folheto nas consultas de seguimento até 6 meses. Foram recolhidas as seguintes informações: HbA1c, glicemias em domicílio, peso, altura, perímetro abdominal, pressão arterial, cigarros fumados, atividade física praticada, adesão terapêutica, medicamentos tomados, tempo de evolução da diabetes, idade, sexo e educação. Estatística descritiva e inferencial. Resultados: Das 709 pessoas recrutadas, foram estudadas 702, sem diferenças significativas para as variáveis epidemiológicas medidas. Aos seis meses da intervenção, a adesão à terapêutica farmacológica melhorou mais no grupo que recebeu folheto (p=0,034), nas pessoas com menos de 65 anos (p=0,027), com diabetes há cinco anos ou menos (p=0,010), com formação de até quatro anos (p=0,030) e até nove anos (p=0,006) e com a HbA1c ≥ 7% no início do estudo (p=0,008). Conclusão: Folhetos dados nos cuidados de saúde primários a pessoas com diabetes tipo 2 podem beneficiar a adesão terapêutica a curto prazo, nomeadamente em pessoas mais novas e com menor formação.

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus adesão à medicação educação de pacientes como assunto

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