Impacto da atividade física na qualidade de vida em mulheres de meia idade: estudo de base populacional

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/11/2011

RESUMO

Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da prática de atividade física na qualidade de vida de mulheres de meia idade. Estudo de base populacional e corte transversal incluiu uma amostra estratificada de 370 mulheres de meia idade entre 40- 65 anos, recrutadas a partir de uma população de 20.801 mulheres, atendidas no período de um ano nas redes básicas de saúde inseridas nos quatro distritos (norte, sul, leste e oeste) que compõem o sistema de saúde da cidade de Natal-RN no período de junho a setembro de 2011. O cálculo da amostra teve por base um nível de confiança de 95%, com poder do teste de 80%, erro de estimativa de 5% e considerouse a proporção de pacientes classificadas com qualidade de vida adequada (indicador >26) da amostra piloto. Para avaliar a qualidade de vida geral utilizou-se o Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida preconizado pela Organização Mundial de Saúde, o WHOQOL-Bref. O nível de qualidade de vida e sua relação com a sintomatologia climatérica foram avaliados através do Menopause Rating Scale(MRS). O Índice de Blatt-Kupperman (IMBK) foi utilizado para avaliação quantitativa global da ocorrência de sintomas/queixas. A atividade física foi avaliada pelo questionário International Physical Activity Questionnaire - IPAQ (versão curta, semana usual). A análise estatística foi realizada utilizando o programa estatístico MINITAB version16. Além de análises descritivas das variáveis, o teste de Mantel-Haenszel, foi aplicado para testar a associação entre os níveis de atividade física e a classificação dos sintomas do climatério, considerando-se um nível de significância de 5%. A média de idade das mulheres foi de 49,8(8.1), foram predominantemente caucasianas (72,7%), casadas (61,6%), não fumantes (93,5%) e com o segundo grau completo (47,8%). Considerando os domínios presentes no WHOQOL-Bref para avaliar qualidade de vida. Os escores foram significativamente diferentes entre os grupos de mulheres sedentárias, x moderadamente ativas e ativas (p<0,01). Em relação a atividade física e sintomas do climatério, foram observadas diferenças significativas para todos os domínios: psicológico (p<0,01), somático-vegetativo (p<0,01) e urogenital (p<0,01). Detectou-se, portanto associação significativa entre o nível de atividade física e os índices menopáusicos (p = 0,02). Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para os seguintes sintomas da menopausa: fadiga (40,4%), impaciência (40,4%), mialgia (44,0%), insônia (32,1%), depressão (29,4%) e ondas de calor (23,4%). Estes resultados sugerem que a atividade física pode melhorar significativamente a qualidade de vida e os sintomas da menopausa em mulheres de meia idade

ASSUNTO(S)

atividade física qualidade de vida mulheres envelhecimento menopausa saúde ciencias da saude

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