IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA FADIGA E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CÂNCER

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO Introdução: O exercício físico tem sido considerado um importante tratamento não farmacológico para diminuir a sensação de cansaço, as dores, a baixa autoestima e o aumento da massa corporal em indivíduos com diagnóstico de câncer. Objetivo: Verificar a relação entre fadiga, qualidade de vida e níveis de atividade física em pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia. Métodos: Estudo observacional, transversal. A amostra foi composta por 85 pacientes adultos em tratamento oncológico em hospital universitário. A atividade física foi avaliada pelo IPAQ, a fadiga e a qualidade de vida, pelos questionários PFS e EORTC QLQ-C30, respectivamente. Foram empregados os testes t de Student e Exato de Fisher para identificar diferenças entre os pacientes fisicamente ativos e pouco ativos para as variáveis de fadiga e qualidade de vida. Adicionalmente, foi empregada a análise de covariância (ANCOVA) em que foram testados modelos simples (desfecho e exposição) e ajustados (idade, tempo de diagnóstico e tipo de câncer). Resultados: Participaram do estudo 85 pacientes com câncer e média de 51,78 anos de idade (± 11,72). A maioria era do sexo feminino e pouco ativa fisicamente. Pacientes classificados como fisicamente pouco ativos apresentaram maiores escores de “fadiga total” (p = 0,01), “comportamental” (p = 0,01), “afetiva” (p = 0,02) e fadiga psicológica/sensorial (p = 0,04), em comparação com pacientes fisicamente ativos (p=0,01). Os pacientes classificados como fisicamente pouco ativos tinham pior qualidade de vida nas dimensões: qualidade de vida “geral” (p = 0,05) e “funcional” (p = 0,04), “apetite” (p = 0,02), “insônia” (p = 0,02), “diarreia” (p = 0,04), “fadiga” (p = 0,01), “dor” (p = 0,01) e “náuseas” (p = 0,03) quando comparados com os pacientes fisicamente ativos, em ambas as análises, simples e ajustada. Conclusão: A prática da atividade física durante o tratamento pode ser um fator determinante para aumentar a qualidade de vida e reduzir a fadiga em pacientes com câncer, minimizando os efeitos adversos da quimioterapia. Nível de Evidência II; Estudo retrospectivo.

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