Impacto da antracnose na produtividade de soja sob controle químico na região norte do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Summa phytopathol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-03

RESUMO

RESUMO Danos devidos à antracnose da soja, causada por Colletotrichum truncatum não foram quantificados sistematicamente no campo e a eficiência do controle químico desta doença não é conhecida. Este trabalho apresenta uma estimativa dos danos associados à doença em plantios de soja no norte do país. Dois experimentos com a cv. M9144 RR foram conduzidos em campos comerciais no estado do Tocantins nas safras de 2010/2011 e 2011/2012 em blocos ao acaso com quatro repetições. Aplicações foliares foram feitas em plantas nos estádios R1/R2 e R5.2 utilizando um equipamento pressurizado com CO2em volume de calda de 200 L/ha. Nove fungicidas e um controle não pulverizado foram comparados, obtendo-se gradientes de doença nas duas safras. A percentagem de vagens infectadas foi estimada no estádio R6. A produção de grãos variou entre 3.288 e 3.708 kg/ha nas parcelas não pulverizadas, respectivamente em 2010/2011 e 2011/2012 e entre 3.282 e 4.110 kg/ha nas parcelas tratadas. Na safra de 2010/2011, apenas o tratamento com azoxystrobina + ciproconazol reduziu significativamente a intensidade da doença em relação às parcelas não tratadas, não diferindo dos demais tratamentos. Na safra 2011/2012 não se detectaram diferenças significativas entre as parcelas tratadas e não tratadas. Foram encontradas correlações altamente significativas (p < 0,01) entre a produtividade e a incidência da antracnose de soja nas vagens nos dois anos (r = -0.85). Para cada incremento de 1% na incidência da doença, c. 90 kg/ha de grãos foram perdidos. Este trabalho determinou que danos significativos devidos à antracnose ocorrem em plantios comerciais no Norte do país e indicaram a presente limitação do controle químico como método de manejo da antracnose.

ASSUNTO(S)

colletotrichum truncatum glycine max dano

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