IMMUNOHISTOCHEMICAL ASSESSMENT OF LYMPHATIC VESSELS IN HUMAN LIVERS WITH CHRONIC HEPATITIS C - RELATION TO HISTOLOGICAL VARIABLES
AUTOR(ES)
ASSATO, Aline Kawassaki; PASINATO, Ana Paula Beltrame Farina; CIRQUEIRA, Cinthya dos Santos; WAKAMATSU, Alda; ALVES, Venâncio Avancini Ferreira
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Contexto A hepatite C é um relevante problema de saúde pública. A doença pode permanecer clinicamente silenciosa tanto na forma aguda como na crônica e as infecções crônicas podem progredir para doenças avançadas, tais como cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC), requerendo tratamentos dispendiosos, comprometendo a qualidade de vida do paciente e até mesmo levando à morte. Por esta razão, é uma das indicações mais frequentes para o transplante hepático. Apesar da introdução do tratamento com antivirais de ação directa (AAD) representar um progresso notável, muitos pacientes não receberam o tratamento e continuam infectados, e mesmo aqueles que eliminaram a infecção viral devem ser seguidos devido às lesões hepáticas anteriores, especialmente no que diz respeito às alterações da arquitetura lobular e dos vasos sanguíneos e linfáticos. Objetivo Avaliar os aspectos imuno-histoquímicos dos brotos linfáticos e dos vasos linfáticos “maduros” com variáveis histológicas de lesão hepática atribuíveis ao vírus da hepatite C (VHC) e à doença gordurosa. Métodos O presente estudo incluiu 72 biópsias hepáticas em pacientes com hepatite C crônica. Foram analisadas alterações estruturais relativas a “estadiamento” e “atividade”. Reações imuno-histoquímicas foram realizadas com anticorpo D2-40 anti-podoplanina. As principais variáveis histológicas também foram semiquantificadas, de modo a permitir a procura de possíveis associações entre os critérios histológicos e imunohistoquímicos, bem como com os genótipos 1 e 3 do VHC. Resultados Os achados histológicos mostraram que os diferentes graus de alterações estrutural estavam bem representados nesta casuística. A atividade necro-inflamatória lobular/parenquimatosa foi predominantemente leve à moderada. A maioria dos casos não apresentava grandes evidências de doença gordurosa, que foi encontrada significativamente mais elevada nos casos infectados com o genótipo 3 do VHC. A quantidade de brotos linfáticos portais aumentou com a progressão de alterações estruturais, sendo máxima na cirrose. Os brotos linfáticos portais, bem como os vasos linfáticos “maduros” portais também mostraram um aumento paralelo ao aumento do grau de infiltrado inflamatório portal/septal. No presente estudo, não foi encontrada qualquer associação significativa entre a proporção de brotos linfáticos portais ou vasos linfáticos maduros portais e o grau de atividade periportal/periseptal. Não foram detectadas relações significativas entre os brotos linfáticos/vasos maduros e a atividade inflamatória periportal ou atividade inflamatória parenquimatosa, nem com infecções devido ao genótipo 1 ou 3 do VHC. Conclusão A reação imunohistoquímica com anticorpo monoclonal D2-40 possibilitou a visualização e a semiquantitação de brotos e vasos linfáticos “maduros” nas amostras obtidas por biópsia hepática. A quantidade de linfáticos aumentou ao longo do processo fibrogênico, significativamente relacionada com a progressão da doença hepática e máxima na cirrose. Não foram detectadas relações significativas com a atividade necro-inflamatória periportal ou parenquimatosa.
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