Immune-checkpoint inhibitors for glioblastoma: what have we learned?

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FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Antecedentes: Glioblastoma é o tumor cerebral primário maligno mais comum e continua sendo uma doença letal com poucas opções terapêuticas. As imunoterapias, em especial, os inibidores de checkpoint imunológico (ICPi), revolucionaram o tratamento do câncer, mas seu papel no glioblastoma é incerto. Objetivo: Revisar o estado atual do papel das imunoterapias no glioblastoma, com ênfase nos ensaios clínicos ICPi publicados recentemente. Métodos: Neste artigo de revisão, analisamos criticamente os resultados da primeira geração de estudos de ipilimumab, nivolumab e pembrolizumab em glioblastoma, bem como as perspectivas futuras. Resultados: A expressão de PD-L1 é frequente no glioblastoma, variando de 60-70% dos pacientes. Estudos de fase 1 de nivolumab com e sem ipilimumab, bem como pembrolizumab, não revelaram novas questões de tolerabilidade nem neurotoxicidade. No entanto, ensaios randomizados de fase 3 de nivolumab não apontaram melhorias na sobrevida em relação ao bevacizumab em glioblastoma recorrente, nenhum papel na doença recém-diagnosticada como substituto da temozolomida em tumores promotores de MGMT não metilados e nenhum benefício como adição à temozolomida em tumores MGMT metilados. No entanto, estudos que examinaram amostras de tumores pós-tratamento mostraram sinais de aumento da resposta imunológica, e respostas radiográficas ocasionais de longa duração foram observadas. Um pequeno estudo de pembrolizumab sugeriu um papel potencial como tratamento “neoadjuvante” no glioblastoma recorrente ressecável, ao passo que outros estudos estão investigando a seleção de pacientes com maior carga mutacional e novos agentes e estratégias combinatórias. Conclusão: Apesar dos ensaios iniciais negativos, a imunoterapia continua sendo de grande interesse no glioblastoma, e muitos ensaios ainda estão em andamento. No entanto, melhorar a nossa compreensão dos mecanismos de imunossupressão e disfunção das células T induzidas tanto pelo tumor quanto pelo microambiente do SNC continua sendo crucial para o desenvolvimento de abordagens imunoterapêuticas bem-sucedidas nesta doença.

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