Imagens da infância : São Paulo e Rio de Janeiro, 1930 a 1950

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Este trabalho discute imagens de infância, em São Paulo e no Rio de Janeiro, dos anos 30 a 50. Para isto, analiso questões referentes às políticas públicas e a ações de instituições privadas, dirigidas à infância, objetivando observar através dessas diferentes vozes o cruzamento de interesses e projetos visando à constituição de um corpo infantil forte, garantia de produtividade e riqueza para o futuro da nação. Nesse sentido, há um debate que atinge particularmente crianças pobres, com a intenção de tirá-las das ruas, consideradas lugares de vícios e criminalidade, e submetê-las àquele padrão ideal. Um projeto de normatização da família e, nela, da criança também atingiu outros setores sociais, como crianças e famílias de classe média. No entanto, nesse caso, o acesso a serviços, lazer, consumo, escolaridade e cultura letrada esteve significativamente presente. A imagem de infância ideal foi construída a partir de crianças desse nível social: brancas, bem vestidas, saudáveis, estudiosas, alimentadas convenientemente, que mantinham uma relação constante com o médico e pertencentes às famílias que consumiam potencialmente alimentos, roupas, móveis, moradia e lazer. As indicações de produtos a serem consumidos, naquele período, tinham na mulher o alvo principal. O apelo à infância representou construir estratégias de convencimento para compra de produtos que apelavam para valores e temas como conforto, saúde, lazer e alimentação

ASSUNTO(S)

representacao social crianca -- historia -- brasil desigualdades sociais criancas na imprensa bem-estar da crianca criancas na propaganda historia

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