Imagem, imitação, presentificação: ambiguidade e agência das imagens produzidas pelas tecnologias dos brancos

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Este trabalho parte da proposta de entendimento do modo como imagens produzidas pelas tecnologias dos brancos, como as fotográficas e audiovisuais, são capturadas e compreendidas pelo pensamento dos Asuriní do Xingu, grupo indígena que vive no médio curso do rio Xingu, Pará, Brasil. A partir do reconhecimento de que a própria ideia de imagem pode ser problemática, procurei questionar seu uso na pesquisa e suas possibilidades tradutivas. Em vias de conhecer o que seja o domínio da imagem entre os Asuriní, investigo alguns conceitos nativos, especialmente a ideia de ayngava, que se refere à imitação, presentificação, termo empregado em alusão à fotografia e ao filme. Imitar, aqui, está longe de ser uma mera reprodução do que está ausente e aponta para um estatuto da imagem vivo em que o referente se presentifica ou é evocado. Por fim, trago a ideia de ambiguidade para pensar a relação dos indígenas com fotografias e imagens em movimento e também deles com seus outros, o que inclui os brancos.

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