Identificação sorológica e molecular de vírus em espécies de Cucurbitáceas em áreas produtoras do Tocantins e seus efeitos em diferentes hospedeiros / Serological and Molecular Virus Identification in cucurbitaceae species in crops from Tocantins and its effects in different hosts

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

As cucurbitáceas podem ser afetadas por várias doenças, dentre elas as viróticas, as quais podem provocar perdas de até 100% da produção. As plantas infectadas por vírus apresentam mosaico, redução do limbo foliar e deformação nas folhas e frutos, podendo a sintomatologia variar tanto com o hospedeiro infectado quanto com a ocorrência de infecções mistas. Devido às suas condições climáticas, favoráveis ao aparecimento das viroses, o estado do Tocantins tem apresentado grande incidência dessas doenças no campo. Contudo, não existem estudos direcionados à sua caracterização e identificação, dificultando, assim, o desenvolvimento de programas de melhoramento visando à resistência a doenças em abóboras. Nesse contexto, este trabalho foi realizado com a finalidade de identificar sorológica e molecularmente isolados de abóbora e melancia, coletados naquele estado, em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A identificação desses isolados será de fundamental importância para fornecer subsídios aos programas de melhoramento da UFT, bem como estabelecer medidas de controle para as viroses de cucurbitáceas no campo. Foram coletadas 25 amostras de plantas de cucurbitáceas que apresentavam sintomas característicos de viroses, em diversos municípios de Tocantins. Estes isolados foram inoculados em diferentes espécies, como abobrinha-de-moita (Cucurbita pepo cv. Caserta), abóbora- rasteira (C. moschata Menina Rajada), melancia (Citrullus lanatus Crimson Sweet), melão (Cucumis melo), mamão (Carica papaya), pepino (Cucumis sativus), Chenopodium amaranticolor e Chenopodium quinoa, para a identificação biológica. Além disso, foi realizado teste de diagnose DAS-ELISA com antissoros específicos, diagnose por meio de RT-PCR e sequenciamento genômico de fragmentos da região do gene do capsídeo. Quatorze dos 25 isolados estudados, ou seja, 56%, foram identificados como Squash mosaic vírus (SqMV), tendo sete deles sido provenientes de abóbora Caserta e sete de melancia. Os demais isolados foram identificados como Zucchini yellow mosaic vírus (ZYMV). Ao contrário do que ocorre em outras regiões brasileiras, o SqMV foi o vírus com maior incidência nas amostras. Os isolados de SqMV, ao infectarem plantas de melancia, causaram mosaico e distorção foliar, diferentemente do que tem si do descrito por diversos autores, em outras partes do Brasil. A análise da capa protéica dos 14 isolados de SqMV mostraram uma identidade de nucleotídeos entre eles que variou de 86 a 100% e, entre eles e os seis isolados disponíveis no GenBank de 86 a 88%. A analise de aminoácidos dessa região, mostrou identidade de 95 a 100% entre eles e 91 a 97% entre eles e os isolados estrangeiros. O isolado que apresentou maior variabilidade foi o de Porto Nacional, denominado de PN2. O segmento da capa protéica do ZYMV, analisada, apresentou uma identidade de 100% de aminoácidos entre os isolados brasileiros e entre esses e os estrangeiros empregados para comparação, mostrando que essa região é altamente conservada e inadequada para análise de variabilidade e filogenia.

ASSUNTO(S)

sequenciamento rt-pcr das-elisa zucchini yellow mosaic virus squash mosaic vírus fitopatologia squash mosaic vírus zucchini yellow mosaic vírus das-elisa rt-pcr sequencing

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