Identificação histológica do H. pylori corado por hematoxilina-eosina e Giemsa: revisão para controle de qualidade

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-04

RESUMO

Introdução: Diversos métodos de coloração especial estão disponíveis para a identificação da bactéria H. pylori (Hp) em cortes histológicos. Entretanto, questiona-se a utilidade desses métodos na rotina diária dos laboratórios de patologia diagnóstica. Objetivos: Comparar a utilidade da coloração por hematoxilina-eosina (HE) com a do Giemsa para diagnóstico histopatológico do Hp. Materiais e métodos: Foram revistos os cortes histológicos de 390 pacientes consecutivos cadastrados no Laboratório de Histopatologia do Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: Grupo I - mucosa gástrica apresentando morfologia normal (n = 146); Grupo II - gastrite crônica (GC) com atividade inflamatória discreta (n = 101); Grupo III - CG com atividade inflamatória patente (n = 123); Grupo IV - pacientes com gastrite atrófica corpo (n = 20). Todos os cortes histológicos foram cuidadosamente avaliados por dois examinadores no aumento microscópico de imersão (1000×). Resultados: A identificação do Hp foi positiva pelo Giemsa e pela HE em, respectivamente, 111 (90,2%) e 93 (75,6%) pacientes do Grupo III (p < 0,01) e em 43 (42,6%) e 29 (28,7%) pacientes (p < 0,05) do Grupo II, e negativa nos grupos I e IV. Conclusão: Os resultados mostram que a coloração pelo Giemsa é superior à pelo HE para identificação do Hp em cortes histológicos. Conclui-se que o Hp pode ser visualizado pelo HE na maioria dos casos de GC, contudo, um número significativo de pacientes infectados pode ser negligenciado, independentemente da intensidade da resposta inflamatória.

ASSUNTO(S)

gastrite crônica helicobacter pylori giemsa hematoxilina-eosina mucosa gástrica estômago

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