Identificação de fonte de resistência ao pepYMV em acessos de tomateiro cultivado e silvestre do banco de germoplasma de hortaliças da UFV, análise da herança da resistência e alterações estruturais nos tecidos infectados / The identification of resistance sources to PepYMV in accessions of cultivated and wild tomato from the Vegetable Crops Germoplasma Bank of UFV, analysis the heritage and investigation of the structural alterations in infected tissues

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A Identificação de fontes de resistência a doenças e o conhecimento do controle genético da resistência é um dos primeiros passos de um programa de melhoramento genético visando à obtenção de cultivares resistentes. O potivírus Pepper yellow mosaic virus (PepYMV), recentemente identificado em plantas de tomateiro no Brasil, tem se disseminado rapidamente e possui potencial para se tornar um grave problema para a cultura do tomateiro no país. Este trabalho teve por objetivos identificar fontes de resistência ao PepYMV em 376 acessos de Lycopersicon sp. (Solanum sp.) do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV (BGH-UFV), fazer um estudo da herança da resistência e investigar alterações nas folhas de tomateiro causadas pela infecção viral. Dos 355 acessos de L. esculentum (Solanum lycopersicum) do BGH-UFV inoculados com o PepYMV, nenhum deles foi considerado fonte segura de resistência, por conterem alta concentração viral quando avaliados por meio de ELISA indireto. Dentre os 21 acessos de espécies silvestres do gênero de tomateiro analisados, foi selecionado um acesso de L. hirsutum (BGH 6902), considerado resistente, por ser assintomático e não possuir infecção viral. Foram avaliadas um total de 540 plantas das gerações P1, P2, F1, F2, RC1:1 e RC1:2, obtidas a partir do cruzamento Santa Clara x BGH 6902. As plantas foram inoculadas mecanicamente e a concentração viral de PepYMV em cada planta foi determinada pela leitura de absorbância obtida pelo teste de ELISA indireto. Considerando-se a taxa de segregação de plantas resistentes para suscetíveis tanto a hipótese de 1:3 e de 3:13 não foram significativas pelo teste do qui-quadrado, com x2 = 1,35 para a hipótese de um gene recessivo e x2 = 0,69 para a hipótese de dois genes com influência epistática e herdabilidade de 99%. No entanto, a hipótese de um gene foi confirmada pela autofecundação e avaliação de algumas plantas F2 resistentes, concluindo-se com 98,32% de certeza de que apenas um gene recessivo está envolvido na resistência de L. hirsutum ao PepYMV. No acesso resistente assintomático (BGH 6902) não foram observadas alterações histológicas das folhas. Nas plantas de Santa Clara, os sintomas da doença foram severos, assim como nas plantas suscetíveis da geração F2, nas quais a estrutura anatômica dos tecidos foliares foi bastante afetada. Nas plantas da geração F1, apesar da expressão de sintomas amenos, não foi possível visualizar alterações em nível celular. Observou-se que o vírus causou sérios danos às folhas infectadas das plantas suscetíveis, tanto morfológica quanto anatomicamente, indicando a severidade da doença.

ASSUNTO(S)

tomate melhoramento vegetal resistance resistência tomato geminivirus geminivirus

Documentos Relacionados